"Aos cristãos no Oriente Médio se podem aplicar as palavras do Senhor Jesus: 'Não tenhais medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do vosso Pai dar-vos o Reino' (Lucas 12,32). Foi o que disse o Papa Bento XVI, neste domingo, 24, na Missa de encerramento do Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio, no Vaticano.
O Santo Padre afirmou que "embora pouco numerosos, eles [cristãos do Oriente Médio] são portadores da Boa Nova do amor de Deus pelo homem, o amor que se revelou precisamente na Terra Santa, na pessoa de Jesus Cristo".
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.: Íntegra da homilia de Bento XVI
E destacou que esta passagem do Evangelho (Lucas 12,32) é capaz de romper a violência. "Esta Palavra de salvação, fortalecida pela graça dos Sacramentos, ressoa com particular eficácia nos lugares onde, por Divina Providência, foi escrita, e é a única palavra capaz de romper o ciclo vicioso da vingança, do ódio e da violência".
"De um coração purificado, em paz com Deus e com o próximo, podem nascer propósitos e iniciativas de paz em nível local, nacional e internacional. Nesse trabalho, que toda comunidade internacional é chamada a realizar, os cristãos, cidadãos com todos os direitos, podem e devem dar a sua contribuição com o espírito das bem-aventuranças, tornando-se construtores de paz e apóstolos de reconciliação para o benefício de toda a sociedade", ressaltou Bento XVI.
Ao refletir sobre a liturgia deste domingo, o Papa recordou a afirmação do salmista de que "o Senhor está próximo daquele que tem o coração dilacerado, Ele salva os espírito sofredores" (Sl 34,19) e destacou que seu pensamento se dirige aos irmãos e irmãs que vivem no Oriente Médio e se encontram em situações difíceis, para estes a Palavra de Deus traz uma "luz de esperança":
"A Palavra de Deus hoje nos oferece também uma luz de esperança consoladora, quando apresenta a oração, personificada, que 'não desiste até que o Altíssimo tenha intervido e satisfeito os justos e restabelecido a equidade' (Eclo 35, 21 – 22). O liame entre a oração e a justiça nos faz pensar em tantas situações no mundo, especialmente no Oriente Médio. O grito do pobre e do oprimido encontra eco imediato em Deus, que quer intervir para abrir uma saída, para restituir um futuro de liberdade, um horizonte de esperança", afirmou.
Bento XVI destacou que "a paz é dom de Deus", mas é também "resultados dos esforços dos homens de boa vontade, de instituições nacionais e internacionais", e que o Oriente Médio não pode "resignar-se à falta de paz".
"A paz é possível. A paz é urgente. A paz é a condição indispensável para uma vida digna da pessoa humana e da sociedade. Paz também é o melhor remédio para evitar a emigração do Oriente Médio. 'Peçam a paz para Jerusalém', nos diz o Salmo 122. Rezemos pela paz na Terra Santa. Rezemos pela paz no Oriente Médio, comprometendo-nos para que tal dom de Deus oferecido aos homens de boa vontade se espalhe pelo mundo inteiro", concluiu o Papa.
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