Michelle Mimoso
Enviada especial a Brasília
A Jornada Sacerdotal, realizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF), em preparação ao 16º Congresso Eucarístico Nacional, teve início na manhã desta quinta-feira, 13, com a entronização da relíquia do Santo Cura d’Ars apresentada pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri.
Em sua declaração, Dom Lorenzo pediu aos padres que as palavras de um sacerdote sejam sempre um cartão de visitas para a Igreja. “Cristo nos chama a ser sempre fiéis à missão. Esse congresso poderá revitalizar nossa entrega para sermos almas eucarísticas que contagiam e embelezam a vida dos fiéis”.
Após as Laudes Solenes, o Arcebispo de Brasília, Dom João Braz de Aviz, disse que a vida de toda a Igreja está envolvida pela Eucaristia. “Nós estamos aqui com o desejo de viver não isolados, mas junto deste prebistério a fim de encontrar conforto para caminhar no ministério”.
Com o tema “O ano sacerdotal – Fidelidade de Cristo, Fidelidade do sacerdote”, o prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Dom Cláudio Hummes, palestrou aos sacerdotes. Em sua exposição, o prelado falou sobre a espiritualidade dos sacerdotes e a importância desta para a missão efetiva do sacerdócio. De acordo com Dom Hummes, “espiritualidade” provém de “espírito” e expressa o que move as pessoas. “Falar sobre espiritualidade é o mesmo que perguntar: Qual é o espírito que guia a sua vida? Para um cristão, esse espírito não pode ser outro a não ser o Espírito Santo”, explicou.
O cardeal também destacou a missão social dos sacerdotes, que precisam lutar pelos interesses dos cristãos, como o combate à fome e à miséria. “É por meio da solidariedade, da fraternidade, da vontade de construir um mundo melhor que a vida espiritual do padre se torna concreta, participativa”.
Testemunhos vocacionais também foram relatados por quatro padres a fim de oferecer exemplos de dedicação ministerial de sacerdotes que, apesar das muitas dificuldades, dão, cada um deles, um testemunho evangélico.
A Igreja no Haiti
Em um segundo momento da jornada, o bispo de Les Cayes, no Haiti, Dom Guire Ponlard, testemunhou sobre os terremotos que assolaram o país no início deste ano. Ele falou sobre a missão dos religiosos haitianos na reconstrução da ilha caribenha. A estimativa oficial é de 230 mil mortos, milhares de feridos e construções destruídas em decorrência do tragédia que destruiu o país, no último dia 12 de janeiro.
Ele agradeceu à Igreja do Brasil, pois o Haiti foi visitado por muitos bispos e padres do mundo e da América Latina, em particular. “Esta Igreja de Cristo tem o orgulho de contar com estes bispos e padres de uma generosidade ímpar, que tornam a sua alegria e sua felicidade inabaláveis. Por minha humilde voz, os sacerdotes do Haiti, partilham com vocês, queridos irmãos sacerdotes no Brasil, a esperança que não decepciona”, agradeceu. E concluiu: “Nós queremos dizer aos padres do Brasil que os sacerdotes do Haiti estão no meio da luta com as pessoas. É neste difícil contexto que a Igreja do Haiti está prestes a desenhar a história de um futuro novo com Deus no chão do país”.
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