Ianomâmis

Venezuela investiga morte de índios na Amazônia

Autoridades da Venezuela estão investigando se as mortes de vários índios ianomâmis perto da nascente do rio Orinoco, na Floresta Amazônica, foram causadas pela poluição provocada por garimpos ilegais.

Investigadores e soldados viajaram nesta semana à localidade amazônica de Parima B, perto da fronteira com o Brasil. Usando intérpretes, eles conversaram com vários anciões da aldeia sobre a morte de seis índios.

"Parece que as mortes de um homem, de um líder da aldeia de Momoy, e de três mulheres foram causadas pela poluição na região por causa da mineração ilegal", disse a Procuradoria Geral venezuelana em nota na quinta-feira, 15.

O garimpo na região, especialmente no lado brasileiro, causou a introdução de doenças, na década de 1980, que mataram cerca de 20% dos ianomâmis.

A Procuradoria Geral disse também que dois adolescentes morreram aparentemente após serem "borrifados com um líquido por pessoas não identificadas". Não ficou claro se as mortes estavam relacionadas ou não, quando acontecerem.

Considerados a maior tribo isolada da Amazônia, com cerca de 30 mil indivíduos nos territórios de Brasil e Venezuela, os ianomâmis tiveram pouco contato com o resto do mundo até 50 anos atrás.

No ano passado, o governo da Venezuela conseguiu conter um surto potencialmente devastador de gripe suína na tribo.

Os ianomâmis costumam viver em ocas circulares e comunitárias, construídas em torno de um pátio. Os homens caçam e as mulheres fazem roças.

A atenção sem precedentes que o governo socialista de Hugo Chávez dedica aos índios está causando rápidas mudanças na tribo. Cerca de 30 médicos trabalham no lado venezuelano da reserva florestal onde os ianomâmis vivem. Projetos de alfabetização, treinamento agrícola e empregos públicos são agora parte do cotidiano dos índios.

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