Orçamento familiar

Que situação financeira você quer para 2010?

"Cada pessoa pode parar, nesses dias de folga de fim de ano, analisar a situação financeira em que se encontra hoje e pensar no que quer no ano que vem, ou o que deseja para daqui cinco ou dez anos, e não ficar simplesmente vivendo um ano repetido, por diversas vezes".

A orientação é do planejador financeiro Rogério Nakata. Ele ressalta que este fim de ano pode ser um bom momento para que as famílias se organizem e planejem como atingir seus objetivos.

Ele alerta sobre a necessidade de reservar parte do 13º salário para as contas de janeiro e priorizar esses pagamentos. “Sempre costumo dizer que o melhor investimento é pagar as dívidas”, ressalta.

O planejador financeiro acrescenta ainda que sempre a melhor opção de pagamento de qualquer despesa ou compra é à vista, quando o consumidor pode também negociar com os lojistas descontos de até 20%.  

Nakata também chama atenção para as compras com cartão de crédito. De acordo com o planejador, o cartão é um “meio de pagamento”, não uma despesa, e deve ser pago de maneira integral. “O cartão de crédito é muito bom para você centralizar os pagamentos numa única data. Então, ele é um meio de pagamento”, explica.

Após o pagamento de contas e se há o desejo de investir em projetos pessoais, como viagens, troca de carro e cursos, Rogério Nakata orienta que o primeiro passo é elencar as prioridades e se planejar com antecedência. Em seguida, é preciso rever as despesas do dia a dia, tentar enxugá-las ao máximo ou diminuir a periodicidade de gastos não tão necessários.

Prioridades e planejamento

“Tudo é uma questão de priorizar. O que falta hoje às pessoas e que acaba comprometendo a maior parte dos recursos que ganham é não colocar as prioridades no papel”, afirma.  

Uma medida fundamental para o planejamento das finanças é saber administrar o salário. “As famílias precisam adquirir uma educação financeira com o objetivo de aprenderem a administrar a relação entre o que ganham de salário e os seus gastos”, alerta o planejador, ao destacar ainda que as pessoas precisam evitar o impulso de comprar, ou seja, de criar necessidades quando se deparam com as vitrines e todo apelo publicitário.

A vontade de comprar pode chegar ao ponto de se tornar uma oneomania, isto é, a compulsão de gastar. Um nome pouco conhecido, mas uma doença cada vez mais comum nos dias atuais. O planejador financeiro aponta que a oneomania atinge atualmente 5% da população do planeta e 3% da sociedade brasileira. Em primeiro lugar, estão as mulheres, depois aqueles que procuram produtos de informática e, por último, os adolescentes, que consomem boa parte da renda dos pais com diversos itens, como roupas e equipamentos eletrônicos.

Nakata  também salienta que problemas emocionais ou no trabalho podem ser percebidos em pessoas que não sabem administrar sua vida financeira. Com isso, elas podem vir a apresentar queda na produtividade, baixa pontualidade, faltas ao trabalho para resolver problemas nos bancos ou até questões mais graves, como acidentes de trabalho.      

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