A Polícia Federal (PF) já abriu inquérito para apurar o vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, as investigações se concentrarão em São Paulo.
O MEC teve conhecimento da fraude por meio do jornal O Estado de S. Paulo. Dois homens procuraram o veículo de comunicação para oferecer as provas por R$ 500 mil.
Uma jornalista teve contato com o material e em seguida procurou o MEC para checar a veracidade. Pela descrição que ela fez de algumas questões, uma equipe do Instituto de Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) checou a versão digital do exame e constatou que se tratava mesmo do Enem.
“Entendo que o modus operandi dessas pessoas é bastante anômalo. Eles estão se expondo de uma maneira que eu entendo que possamos chegar aos autores do delito com alguma rapidez”, disse Haddad.
Ele disse que pediu “agilidade e rigor” nas apurações porque se trata de interesse público. Dois delegados já foram designados para o caso. Haddad fez um apelo para que qualquer pessoa que tenha tido contato com os dois homens contribua com informações para a investigação.
“Com o apoio da sociedade, poderemos saber em que etapa do processo houve a corrupção dos dados que eram sigilosos”, afirmou.
De acordo com o ministro, havia câmeras de segurança na gráfica onde as provas foram impressas. “Até onde sabemos, pelos técnicos [do Inep] que foram consultados e visitaram as instalações, os requisitos de segurança estavam sendo cumpridos”, disse.
Segundo o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes dentro do órgão apenas quatro pessoas tiveram acesso à prova pronta. Segundo ele, todos são funcionários concursados de carreira.
Nesta tarde, Haddad e Fernandes vão se reunir com as empresas do Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Conasel) para pensar o novo calendário e discutir em que ponto da cadeia de produção do Enem o vazamento pode ter ocorrido.
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