Discordâncias em relação a quem deve representar Honduras na ONU atrapalharam a sessão de abertura do Conselho de Direitos Humanos da organização na segunda-feira, 14, que vai tratar dessa questão contenciosa, da Faixa de Gaza e outras questões.
Delegações latino-americanas lideradas pela Argentina e o Brasil protestaram contra a presença de Honduras, que não tem lugar votante no organismo, com sede em Genebra e composto de 47 membros, mas buscou participar como observador, como dezenas de outros países normalmente fazem.
Negociações a portas fechadas para discutir se o país centro-americano, cujo presidente Manuel Zelaya foi deposto num golpe militar em junho, estava corretamente representado atrasaram em três horas o início da sessão do Conselho de Direitos Humanos.
José Delmer Urbizo, embaixador de Honduras junto à Organização das Nações Unidas (ONU), criticou os pedidos para que fosse barrado do recinto da ONU e insistiu que permaneceria no local.
"Esta é uma ação totalmente ilegal inspirada pelo regime do (presidente Hugo) Chávez na Venezuela", disse ele a jornalistas. "Não abandonarei meu posto."
O golpe em Honduras vem elevando as tensões políticas na América Latina, e o líder hondurenho "de facto" Robert Micheletti está sob pressão de Washington e outros países para deixar o poder. Novas eleições estão previstas para novembro.
Delmer Urbizo é embaixador hondurenho na ONU há três anos, primeiro como representante do governo de Zelaya e agora do governo que tomou o lugar deste. O Conselho de Direitos Humanos iria tratar das questões levantadas pelo Brasil e a Argentina na tarde de segunda-feira.
Devido ao atraso, o discurso de abertura da alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, foi adiado para mais tarde na segunda ou a manhã de terça.
No discurso, cujo teor foi divulgado antes da abertura do Conselho, Pillay diz que mulheres em todo o mundo lhes têm negadas liberdades fundamentais e citou preocupações especiais com relação aos Estados do Golfo, o Sudão e o Afeganistão.
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