O resgate do 50º corpo e de despojos de prováveis vítimas do acidente com o voo 447 da Air France deram mais fôlego à operação de buscas iniciada há 18 dias pela Aeronáutica e Marinha do Brasil. As instituições descartaram a hipótese de encerrar a operação nesta sexta-feira, 19.
Segundo o tenente-coronel Henry Munhoz, do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, os resultados dos últimos três dias confirmaram os prognósticos iniciais da unidade especializada em socorro, o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (Parasar), de que seria possível encontrar corpos até pelo menos 20 dias após o acidente, ocorrido na noite do último dia 31.
“Tecnicamente, não faria sentido encerrarmos as buscas neste momento”, afirmou Munhoz, explicando que, nesta quarta-feira, 17, oficiais responsáveis por coordenar a operação avaliaram que as duas Forças têm condições de continuar vasculhando a área por tempo indeterminado. “Enquanto continuarmos encontrando despojos, as buscas vão continuar”.
Uma nova reunião está marcada para esta sexta-feira, 19, com a finalidade de definir por mais quanto tempo é adequado manter as buscas. Reuniões semelhantes ocorrerão a cada dois dias, pelo tempo que durar a operação.
O 50º corpo foi retirado do mar pela corveta brasileira Caboclo na terça-feira, 16. Já os despojos foram recolhidos na quarta-feira, 17, pelo navio-anfíbio francês Mistral. Na área de buscas também foram recuperados destroços do Airbus A 330 e bagagens e pertences pessoais.
A área a ser sobrevoada pelos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) é definida a cada dia de buscas pela equipe do Serviço de Salvamento Aéreo (Salvaero) de Recife (PE), com base na análise de dados como a ação de correntes marítimas e dos ventos predominantes na região. Quando as aeronaves identificam prováveis corpos ou destroços, navios da Marinha são enviados para o resgate.
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