Em oito dias de peregrinação, Sua Santidade visitou instituições assistenciais, basílicas santas, museus, palácios e mesquitas levando a Palavra do Senhor e a certeza de que existe um Pai no céu que cuida de Seus filhos. Em seu primeiro compromisso oficial, no Centro “Regina Pacis”, em Amã, na Jordânia, Bento XVI enfatizou a importância de começar sua visita no instituto, visto que ele atende crianças deficientes muçulmanas e cristãs.
No segundo dia de viagem, ao visitar a antiga Basília do Memorial de Moisés, no Monte Nebo, o Sucessor de Pedro realçou a promessa de Cristo de uma vida eterna àqueles que o temem. Do local, o Pontífice se dirigiu a cidade de Madaba, onde abençoou a primeira pedra da Universidade do Patriarcado Latino. O Santo Padre recordou que a religião, como a ciência, a tecnologia e a filosofia, pode corromper-se. “A religião é desfigurada quando é obrigada a servir a ignorância e o preconceito, o desprezo, a violência e o abuso”.
No final do dia, Bento XVI celebrou a oração das Vésperas com os sacerdotes, religiosos, seminaristas e movimentos eclesiais na Catedral Greco-Melquita de São Jorge de Amã. Neste momento, assinalado pelo Pontífice como um dos mais fortes de sua visita, ele motivou os fiéis e disse que a Igreja é jovem porque Cristo é vida e realmente ressuscitou. “Os jovens cristãos não podem ter medo de dar sua contribuição para do Reino de Deus no mundo”.
O seu terceiro dia de visita foi dedicado aos cristãos. Em celebração da Santa Missa, no Estádio Internacional de Amã, o líder da Igreja católica enfatizou a importância da família, principalmente da mulher, na luta pela paz no oriente médio. Antes de deixar a Jordânia, Bento XVI motivou os fiéis a serem perseverantes na fé cristã. “Encorajo todos a permanecerem fiéis a seu compromisso batismal, recordando que Cristo recebeu o batismo de São João Batista nas águas do rio Jordão”, exortou.
Ao chegar em Israel, na cidade de Tel Aviv, o Papa pediu um clima de maior confiança entre israelenses e palestinos que permita às partes realizar progressos reais ao longo da estrada rumo à paz e à estabilidade. O primeiro compromisso do Santo Padre foi a visita de cortesia ao presidente do país, Shimon Peres. A intensa e primeira jornada de Bento XVI em Jerusalém se concluiu no encontro com os promotores do diálogo inter-religioso no Centro Notre Dame.
Na manhã do dia 12, em visita à Esplanada das Mesquitas, o Santo Padre pediu fidelidade ao único Deus. Logo depois, Bento XVI viveu um dos pontos altos de sua visita ao dirigir-se ao Muro das Lamentações. O Papa leu um salmo em latim antes de colocar um bilhete nas fendas das rochas, como é tradição, e recolheu-se em oração.
Do Muro das Lamentações, o Pontífice transferiu-se para a sede do Grão-Rabinato de Israel, o Centro "Hechal Shlomo", para a visita de cortesia aos dois grãos-rabinos de Jerusalém, Shlomo Ammare e Ashkenazi Rabbi Yona Metzger. Logo depois, dirigiu-se ao Cenáculo de Jerusalém para a oração do Regina Coeli com os Ordinários da Terra Santa.
O dia encerrou-se com a celebração Eucarística no Vale do Cedrom, próximo ao Monte das Oliveiras, um local sagrado tanto para os judeus quanto para os cristãos. Em sua homilia, o Papa falou na "trágica realidade" da emigração de membros das comunidades cristãs, ao longo dos últimos anos, considerando que esta situação traz consigo um "grande empobrecimento cultural e espiritual" da região.
Ao chegar em Belém, no dia 13, o Sumo Pontífice foi recebido pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e pelas autoridades políticas, civis e religiosas. Em seu discurso, Bento XVI ressaltou o sofrimento do povo palestino por ocasião dos conflitos na região e os encorajou a "manter viva a chama da esperança".
Após a cerimônia, a comitiva papal se dirigiu para a Praça da Manjedoura, onde aconteceu uma Missa. Em sua homilia, Bento XVI disse que é necessário o triunfo do amor sobre ódio. Depois, logo após visitar a Gruta da Natividade e o Hospital Infantil da Cáritas, o líder da Igreja católica foi ao campo de refugiados de Aida, entre as cidades de Belém e Beit Jala.
O último compromisso do Santo Padre nos territórios palestinos foi a visita de cortesia ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, no palácio presidencial, em Belém. Concluída a cerimônia de despedida, Bento XVI deixou Belém.
No dia 14, Bento XVI partiu para Narazé onde visitou o Monte do Precipício, o Convento dos Franciscanos, o Santuário da Anunciação e a Gruta da Anunciação, no Santuário da cidade. Para encerrar sua visita no local, celebrou a oração das Vésperas com os bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, membros de movimentos eclesiais e agentes de pastoral da Galiléia. O momento foi marcado pela oração de mãos dadas de muçulmanos, judeus e cristãos.
Hoje, já em Jerusalém, o Pontífice celebrou uma Missa privada na Capela da Delegação Apostólica da cidade. Posteriormente, participou de um encontro ecumênico na Sala do Trono da Sede do Patriarcado Greco-Ortodoxo e visitou os lugares da crucifixão e morte de Jesus e o Santo Sepulcro.
Após a visita, Bento XVI se transferiu para a sede do Patriarcado Armênio Apostólico de Jerusalém, onde foi recebido pelo Patriarca Torkom Manoukian. Às 13h30 (horário local), o líder da Igreja católica se despediu da sua peregrinação de oito dias na Terra Santa com um grande clamor: “Nunca mais derramamento de sangue! Nunca mais combates! Nunca mais terrorismo! Nunca mais guerra! Quebremos o círculo vicioso da violência! Instaure-se, pelo contrário, uma paz duradoura baseada na justiça! Haja uma verdadeira reconciliação que cure as feridas”.
Ao chegar a Roma, o Santo Padre disse aos jornalistas que a Terra Santa encoraja o ecumenismo e que sentiu nos fiéis um ardente desejo de paz. O Pontífice admitiu que existem “grandes dificuldades”, mas defende que “o mais visível é o desejo de paz”.
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