Duzentos e setenta institutos religiosos e organizações não-governamentais do mundo inteiro enviaram uma mensagem aos participantes da Cúpula da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação), sobre Emergência Alimentar, Mudanças Climáticas e Bioenergia, que se realiza em Roma.
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O texto, subscrito por centenas de Institutos religiosos da Igreja Católica, "lembra que é preciso mudar o nosso estilo de vida e cuidar do Planeta Terra e de seu clima". Os signatários convidam a comunidade internacional a agir com urgência, lançando um processo de discussão e ação baseado nos valores espirituais fundamentais.
A declaração aponta o dedo a "um sistema de comércio mundial injusto, ao aumento de preço dos cereais, a falta de alimento em várias partes do mundo, as mudanças climáticas, as práticas de agricultura insustentáveis, às políticas de biocombustíveis, especulação e desperdício".
Para esses institutos religiosos e organizações não-governamentais, a conferência de Roma "pode traçar diretrizes sustentáveis, necessárias para gerar um novo paradigma que possa ser construído sobre a base de idéias defendidas pelas ONG’s nas últimas décadas, em prol da segurança alimentar sustentável".
"O acesso aos direitos de propriedade à água e aos serviços energéticos, os financiamentos e o microcrédito são fundamentais para garantir a existência dos pequenos agricultores, em particular das mulheres", acrescentam.
Em relação aos biocombustíveis, a declaração ressalta que todos os esforços devem concentrar-se na reestruturação de nossas sociedades a fim de usar menos energia e recursos e uma aproximação igualmente aplicável às técnicas de produção de alimentos.
O texto manifesta-se contra as soluções a curto prazo, frisando que "o respeito pela integridade da criação deve ser mantido através da eliminação da pobreza, da fome e das estruturas sociais injustas".
