Nesta segunda-feira, 17, o Papa Bento XVI celebrou uma Missa de sufrágio por D. Paulos Faraj Rahho, Arcebispo caldeu de Mossul (Iraque), encontrado sem vida na última quinta-feira após quase 15 dias de sequestro.
Em sua homilia, o Papa lembrou o Arcebispo iraquiano como um "homem de paz e de diálogo, com particular predileção pelos mais pobres e às pessoas com deficiência. Neste âmbito, D. Rahho tinha criado uma associação para valorizar estas pessoas e apoiar as suas famílias".
"Nestes dias, em profunda comunhão com a comunidade caldeia no Iraque e em outros países, choramos a sua morte e o modo desumano como teve de concluir a sua vida terrena", indicou.
Bento XVI ao se referir ao sequestro, falou que foram, certamente "horas terríveis de dolorosa prisão onde pode ter sido até mesmo ferido antes da agonia da morte que se concluiu com uma indigna sepultura".
Neste contexto, o Papa pediu que o exemplo de vida do Arcebispo Rahho possa levar todos os iraquianos, cristãos e muçulmanos, a "construir uma convivência pacífica, fundada na fraternidade e no respeito".
A homilia quis deixar uma palavra de encorajamento a todos os membros da Igreja Católica no Iraque. "Estamos solidários, neste momento, com o Patriarca de Babilónia dos caldeus, Cardeal Emanuel Delly, e Bispo daquela amada Igreja que sofre, crê e reza no Iraque", disse o Papa.
"Como o amado Arcebispo Paulos se deu, sem reservas, ao serviço do seu povo, assim os cristãos saibam perseverar no compromisso da construção de uma sociedade pacífica no caminho do progresso e da paz", desejou.
Bento XVI pediu que todos saibam encontrar na fé a força para continuar o seu trabalho em condições difíceis.
"A todos envio uma palavra de saudação e de encorajamento, confiando que saibam encontrar na fé a força para não perder o ânimo na difícil situação que estão a viver", afirmou.