Democracia

Arcebispo fala sobre decisão das urnas no Paquistão

O presidente da Conferência Episcopal do Paquistão e arcebispo de Lahore, Lawrence John Saldanha, manifestou que, após a decisão das urnas, "deve-se trabalhar pela democracia", em uma declaração feita pública para comentar os resultados das recém celebradas eleições parlamentares.

As urnas deram vitória ao Partido Popular do Paquistão (PPP) e a Liga Muçulmana N. Por outra parte, os resultados manifestam uma dura derrota dos setores extremistas, inclusive nas áreas tribais, dominadas pelos talibãs.

"Com as eleições – acrescenta o prelado em sua declaração – a população paquistanesa deu um claro e decidido mandato em favor de uma completa gestão do poder por parte das forças civis e constitucionais. Isso inclui um desejo forte pela independência do sistema judicial, pela liberdade de imprensa, por uma maior autonomia província, e sobretudo por uma pacífica coexistência entre religiões e culturas de todo o país".

No texto da declaração, assinado também pelo secretário da Comissão Justiça e Paz, Peter Jacob, o arcebispo de Lahore acrescenta: "Os partidos e a sociedade civil devem cooperar para assegurar que o veredito popular seja respeitado e para que a transição para a democracia se produza de forma pacífica".

"Neste sentido – acrescenta a declaração – a Igreja repete seu empenho, junto a outros protagonistas da vida social do país, em favor da democracia. Esta é a única via para construir uma verdadeira cultura da justiça, da paz e dos direitos humanos".

Enquanto isso, continuam as reuniões entre as forças políticas do país para a criação do próximo governo, que será fruto de uma coalizão.
Asif Zardari, viúvo de Benazir Bhutto e co-presidente do PPP, anunciou nesta quinta-feira, 21, que havia conseguido um acordo com Nawaz Sharif, ex-primeiro-ministro e guia da Liga Muçulmana.

"Há ainda muito caminho a ser percorrido, mas o nosso será um governo conjunto", disse. Entre os temas tratados nos primeiros encontros, está o pedido de aumento contra o presidente Musharraf (que deverá ser acusado pelo golpe realizado em novembro passado) e a restauração do Tribunal Supremo, dizimado pelas cassações realizadas em novembro passado.

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