Ato de solidariedade

Centenas de pessoas prestaram homenagem ao Padre Júlio Lancelotti

Aproximadamente 250 pessoas homenagearam ontem o padre Júlio Lancellotti na Paróquia São Miguel Arcanjo, na Mooca, Zona Leste, onde foi realizado um ato em solidariedade ao sacerdote. Em um culto que reuniu representantes de várias religiões, inclusive o rabino Henry Sobel.

O sacerdote manifestou sua preocupação de que as acusações contra ele se transformem no que definiu como "guerra religiosa". Desde setembro, o padre está sendo acusado por Anderson Marcos Batista, um ex-interno da Febem, de ter mantido relações sexuais com ele em troca de ajuda financeira. Em depoimento, Pe. Júlio disse à polícia que o ex-interno, que está preso, extorquiu dinheiro dele.

"Não podemos ter uma guerra religiosa. Nenhuma Igreja deve usar isso para destruir outra. Quem pensa diferente de nós deve respeitar. Temos que respeitar os budistas, os muçulmanos, os judeus", disse pe. Júlio, sem citar nomes. Ele também reclamou que o trabalho social da Igreja Católica voltado aos pobres e excluídos é alvo de perseguição.

Também esteve na paróquia o rabino Henry Sobel que afirmou que o padre merece direito de defesa. "Ninguém é culpado por antecipação", disse.

Pe. Júlio só falou no altar. Ele disse que estava emocionado e agradeceu a todos pelo apoio. O sacerdote afirmou se sentir constrangido por causar sofrimento em pessoas que acompanham sua trajetória. "Eu sinto causar dor a essas pessoas como minha mãe, de 84 anos e a comunidade que me acompanha ao nos meus 22 anos de trabalho".

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