CNBB

CNBB defende voto aberto durante coletiva de imprensa

"Os deputados e senadores são representantes nossos, do povo. Portanto, nós temos o direito de saber o que eles fazem. Temos o direito de saber em quê e em quem eles votam". Foi o que afirmou hoje, durante entrevista coletiva à imprensa, o vice-presidente da CNBB, Dom Luiz Soares Vieira, referindo-se ao apoio da CNBB ao relançamento da Frente Parlamentar pelo Voto Aberto.

Segundo Dom Luiz, que representou a CNBB no relançamento da Campanha, ocorrido ontem, no Congresso Nacional, "o voto secreto é uma maneira de esconder covardia e medo".

Já o presidente da Conferência, Dom Geraldo Lyrio Rocha, afirmou que o voto secreto é "um abuso ao regime democrático" e a posição que a CNBB assume é com o objetivo de recuperar o que é fundamental à democracia. "O voto secreto é estranho a uma democracia eficaz", afirmou o presidente.

Trânsito Seguro

Além da questão do voto secreto, a Presidência da CNBB falou sobre o lançamento da Campanha Nacional pelo Trânsito Seguro, de iniciativa da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro e da própria Conferência, com o apoio do Ministério das Cidades, do Departamento Nacional de Trânsito e da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. O vice-presidente da Conferência participou do ato de lançamento, ocorrido na terça-feira, dia 18.

Conforme o arcebispo, a CNBB é parceira da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, sobretudo, "em vista à uma educação para o trânsito". Dom Luiz chamou a atenção para o fato de que cerca de 35 mil pessoas morrem por ano, no Brasil, em decorrência de acidentes de trânsito e 100 mil sofrem algum tipo de seqüela, sendo a maioria das vítimas jovens. "A gente precisa de estradas seguras, de carros com dispositivos de segurança, de leis e de vigilância, mas muitíssimo mais importante é a educação para o trânsito", declarou Dom Luiz. Segundo o arcebispo, foram publicados mais de 10 milhões de exemplares da cartilha "Os 10 mandamentos do Trânsito Seguro", que serão distribuídos para todas as paróquias e comunidades do Brasil. 

Outro assunto apresentado pelo secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, refere-se ao Encontro de Reitores das Universidades Católicas da América Latina, que acontece nesta semana em Sumaré (RJ), com o objetivo de indagar a identidade e missão dessas universidades. 

Visita ao Papa

Os bispos falaram ainda sobre a visita que a Presidência da CNBB fará ao Papa Bento XVI no dia 8 de outubro. Trata-se da primeira visita desta Presidência ao Papa, embora já tenha ocorrido um encontro em maio deste ano, por ocasião da vinda do pontífice ao Brasil.

Conforme Dom Geraldo Lyrio, "trata-se de uma visita de cortesia, que acontece todos os anos, com o objetivo de apresentar os resultados da Assembléia Geral do Episcopado brasileiro".

Atentado ao jornalista

Sobre o atentado ocorrido ontem, 19, contra um repórter do jornal Correio Braziliense que fazia uma matéria sobre o tráfico e a violência no entorno do Distrito Federal, o presidente da CNBB afirmou que a questão da violência preocupa a todos, à sociedade brasileira, à Igreja, e de um modo particular, à CNBB.

"Ao mesmo tempo em que a CNBB repudia esse ato violento que foi praticado, expressa sua solidariedade ao repórter, aos seus familiares, ao jornal, à imprensa de um modo geral, porque foi no exercício de sua própria profissão e no desejo de mostrar essa face terrível da violência que o repórter foi atingido pela ação violenta. A CNBB, ao expressar solidariedade à vítima e o repúdio a esta ação, faz um apelo para que as investigações se realizem com todo rigor e que haja punição, porque a impunidade se transforma sempre em estímulo à prática do crime", afirmou Dom Geraldo.

A entrevista coletiva ocorreu após a reunião do Conselho Episcopal Pastoral, realizada na sede da CNBB em Brasília, de 18 a 21. A reunião, que acontece mensalmente, reúne a presidência da Conferência e os presidentes das dez Comissões Episcopais, além de assessores e representantes de organismos.

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