Blog Osvaldo Luiz

Quando o ruim se torna pior

O governo mostrou nesta terça que o ruim pode sempre ficar pior. Após ter concedido aumento de até 140% para seus cargos comissionados, que não precisam de concurso público, ampliou a “mamata” para mais 626. A manobra foi embutida na medida provisória que cria a secretaria do filósofo Mangabeira Unger, mas dos novos cargos apenas 88 irão para lá. Além disso, foi criada uma nova gratificação de quase 400 reais.

As novas “bondades” custarão dois milhões de reais mensais aos cofres públicos. Serão agora 22.189 cargos de confiança na administração direta, autarquias e fundações. E tem mais: com a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, o Brasil dispara como o país com maior número de pastas na América Latina. São 37 “ministérios”.

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Tanta gente deveria garantir um governo mais ágil, menos burocrático, mais fiscalizador. Um governo mais dinâmico e realizador. Mas pode provar justamente o contrário. Essa superestrutura deixa menos recursos para as obras que o país tanto precisa para crescer mais com os bons ventos mundiais. Sobra menos dinheiro para uma revolução educacional que prepare a população para as mudanças da sociedade, do tipo de emprego disponível.

Antigamente se aproveitava a distração da população em festas como o carnaval para se divulgar medidas consideradas antipáticas. Suspeito (perdoem-me se estiver vendo “pêlo em casca de ovo”) que agora estão se aproveitando dos muitos escândalos que povoam os meios de comunicação. Com o ápice da crise do Renan Calheiros, a notícia dos novos cargos ganhou espaço secundário nos noticiários. Além disso, com tantos problemas, o que são 626 novos “cabides de emprego”?

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