Fé e tradição

Cristãos mantêm papel fundamental no Iraque, diz novo núncio

O arcebispo polonês Mirosław Wachowski compartilha o caminho de sua vocação e seu serviço à Igreja na promoção da dignidade humana e da paz

Da redação, com Vatican News

Monsenhor Mirosław Stanisław Wachowski / Foto: Reprodução Youtube

Nomeado pelo Papa Leão XIV como núncio no Iraque, em 18 de setembro, o arcebispo polonês Mirosław Stanisław Wachowski explicou, em uma entrevista, o significado desse cargo.

Atualmente subsecretário para as Relações com os Estados e Organizações Internacionais da Santa Sé e elevado a arcebispo Titular de Villamagna di Proconsolare, o prelado relembra suas origens na “desconhecida” região polonesa da Masúria, sua vocação de menino “sem nenhum talento particular”.

No entanto, afirma, esse profundo sentimento de inadequação não o impediu de confiar: “Respondi então, confiando mais em Sua graça do que em minhas próprias capacidades limitadas.”

Uma Igreja de mártires em uma terra devastada

Motivado por um forte espírito de humildade, o arcebispo Wachowski acolhe esta nova missão em “uma terra de fé e tradição”. Ele especifica que está sendo enviado “para onde Abraão, o pai de fé das três religiões, o amigo do Senhor Deus, veio. Sou enviado a uma Igreja antiga, que foi construída sobre o anúncio apostólico do Evangelho”.

A Igreja no Iraque, observa ele, preservou a fé não apenas durante os tempos em que floresceu, mas também quando se tornou uma Igreja de mártires e sofreu perseguição.

Apesar do declínio dramático do número de cristãos no país, ele especifica que eles desempenham um papel fundamental. “Eles são muito valorizados tanto pelas autoridades quanto pela sociedade, porque são um fator de estabilização de uma sociedade frequentemente dilacerada por divisões, controvérsias e conflitos.”

Promovendo a paz e os direitos humanos

Em seu papel de núncio, o arcebispo Wachowski vê não apenas uma função diplomática, mas acima de tudo uma missão espiritual. E enfatiza que “cada núncio apostólico é um representante do Santo Padre, cujo ministério é servir ao aprofundamento da comunhão entre as Igrejas locais e Roma”. Graças ao núncio, os fiéis podem sentir a proximidade do Papa, e o Santo Padre pode ser informado sobre as alegrias e preocupações dos fiéis.

O prelado enfatiza particularmente esta necessidade de que o Papa demonstre sua proximidade com os fiéis e promova a paz e os direitos humanos. O papel do representante pontifício, neste sentido, é crucial: ele atua como delegado junto às autoridades civis e, enquanto “promove a dignidade da pessoa humana e os direitos humanos universais, trabalha pela paz”.

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