Cardeal Sepe participa do aniversário de 650 anos da criação da Metropolia de Halić na Ucrânia e leva proximidade do Papa a todos os cristãos do país
Da redação, com Vatican News

Cardeal Crescenzio Sepe / Foto: Sannita via Creative Commons
“Um sinal concreto de proximidade e afeto por parte do Papa.” Assim o arcebispo emérito de Nápoles, Cardeal Crescenzio Sepe, explica sua presença como enviado especial à Ucrânia.
O cardeal foi nomeado representante do Papa Leão XIV na celebração do aniversário de 650 anos da criação da Metropolia de Halić (posteriormente Lviv dos Latinos) da Igreja Católica Romana de rito latino. A celebração ocorrerá neste sábado, 6, na Catedral de Santa Maria Assunta de Leópolis, na Ucrânia.
O Papa exortou o cardeal a transmitir seu amor e proximidade “a todos os fiéis cristãos e às pessoas de boa vontade, neste momento tão difícil que a Ucrânia está vivendo”.
Para o cardeal, a presença no país é “uma ocasião, mais uma vez, para o Papa reiterar que ele não só não esquece, mas continua a rezar e a conscientizar todos os homens de boa vontade – inclusive os católicos, os cristãos – sobre este problema dramático, sobre uma guerra que está trazendo apenas morte e destruição”.
“Que seja um convite para acolher esse apelo do Papa para que todos possamos fazer a nossa parte para dar um pouco de paz, serenidade e justiça a esse povo tão glorioso, que é o povo ucraniano”, conclui o cardeal.
Católicos da Igreja Latina
A comemoração em Leópolis procura recordar e homenagear o início da presença da Igreja Católica de rito latino na Ucrânia, uma minoria de cerca de 2% da população — pouco mais de um milhão de fiéis — concentrados principalmente no oeste do país, nas áreas de Lviv e Odessa-Simferopol. Apesar da presença numericamente preponderante da Igreja Greco-católica, os católicos latinos representam um componente vivo e empenhado no tecido eclesial e social do país. Hoje, ela é liderada pelo arcebispo latino de Lviv, o polonês Mieczysław Mokrzycki, ex-secretário pessoal de São João Paulo II.
Essa porção “pequena” da Igreja tem oferecido uma grande contribuição para a paz neste período trágico para a Ucrânia. O metropolita, que lidera a arquidiocese desde 2007 e agora está empenhado em compartilhar as provações do povo desde o início da invasão russa em 22 de fevereiro de 2022, chegou a confirmar em entrevista à midia do Vaticano em 28 de novembro de 2023 que “os católicos latinos ucranianos se sentem apoiados por toda a Igreja Católica”.