Metade das demissões que aconteceram em 2024 foram causadas por questões comportamentais. A informação foi comprovada por uma pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Reportagem de Aline Imercio e Gilberto Pereira
Se no passado apenas a produtividade era levada em conta, a realidade mudou. Uma pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Paraná entrevistou mais de 500 empresas e constatou que 50% das demissões em 2024 foram ligadas ao comportamento do colaborador.
“A gente precisa capacitar o nosso estudante e melhorar essas essas rela essas habilidades que estão relacionadas à convivência. Costumamos dizer que não adianta só saber fazer, a gente precisa saber conviver, precisa que as pessoas consigam trabalhar em equipe, a gente precisa que as pessoas consigam se relacionar, vender um projeto, se comunicar e essa relação do dia a dia, ela tá cada vez mais difícil”, analisou a coordenadora da PUCPR Carreiras, Luciana Mariano.
“Eu entendo que hoje a gente tem pessoas que sabem fazer e saber fazer, eu entendo que estudam em ótimas universidades, que trabalham em excelentes organizações, mas que quando chega na hora de conviver, não conseguem conviver por não respeitar basicamente a diferença um do outro”, ressaltou a psicóloga organizacional, Soraia Pena.
Para saber lidar melhor com os conflitos no trabalho e convívio em equipe, a indicação é cuidar da saúde mental e do estilo de vida. As terapias com psicólogos e diretores espirituais estão entre as principais indicações.
Para esta psicóloga, quando a organização identifica que uma pessoa é produtiva, mas não tem comportamento saudável com o grupo, é preciso agir. “Essa pessoa, o próprio RH da empresa, junto com o líder dele, tem condição de identificar qual é o comportamento nocivo.
Posso tratar ou internamente como alguém do próprio RH ou um mentor interno dentro da empresa, ou eu posso tratar levando isso para uma esfera externa e a terapia como um processo paralelo”, recomendou a psicóloga.
E a espiritualidade também pode ajudar. “São José Maria Escrivá, que ele fala justamente a respeito disso, de fazer aquilo do teu cotidiano, do teu trabalho, da tua profissão, um meio para encontrar-se com Deus. Padre Jonas também nos ensinou a respeito do trabalho santificado. O nosso patrão é Deus. Então, nós devemos fazer tudo com perfeição, com dedicação, juntamente com os outros, para realizar bem a nossa missão”, afirmou o missionário da Comunidade Canção Nova, padre Gilberto Duarte.
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