6 de agosto

ACN mobiliza fiéis para rezar pelos cristãos perseguidos

“Eu me ajoelho somente diante de Deus”: últimas palavras de padre brutalmente assassinado são recordadas no Dia Mundial de Oração pelos Cristãos Perseguidos de 2025

Da Redação, com ACN Brasil

Foto: Canva Pro

A Igreja Católica se mobiliza nesta quarta-feira, 6, para intensificar as orações pelos cristãos perseguidos. O dia de oração é realizado anualmente desde 2014, quando milhares de cristãos fugiram do norte do Iraque, expulsos pelos extremistas do grupo Estado Islâmico. 

A iniciativa de oração é promovida pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), com apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A proposta é se unir em comunhão espiritual aos cristãos que são perseguidos, muitas vezes mortos, por causa de sua fé.

Além de ajuda concreta, a ACN promove essa campanha como apoio espiritual, de forma a ressignificar a data como um dia de comunhão. “Tocamos o coração dos cristãos o máximo possível para poder, nessa data, cristãos do mundo inteiro estarem rezando por aqueles que sofrem”, explica Tatiana Garcia Gomes, da equipe de Comunicação da ACN Brasil.  Ela acrescenta: “A missão da ACN é dividida em um tripé, ‘informação, oração e ação’. Então a nossa missão é informar isso pro mundo, porque muitas pessoas ainda não sabem que, apenas por ser cristão, muitas pessoas colocam em risco sua própria vida”. 

O trabalho da ACN 

Fundada em 1947, pelo padre holandês Werenfried van Straaten, a ACN tem como missão apoiar projetos da Igreja em locais de extrema necessidade ou de perseguição. Ela está presente em 23 escritórios nacionais em todo o mundo, com cinco mil projetos por ano, em 145 países, fornecendo amor e compaixão àqueles que sofrem,  além de todo suporte material e espiritual necessário.

Desde 1999, a entidade publica o Relatório de Liberdade Religiosa no Mundo, analisando a situação em 196 países. Um dos casos recentes de perseguição é o do padre Donald Marti Ye Naing Win, em fevereiro deste ano. Ele foi brutalmente assassinado depois que o líder de um grupo guerrilheiro ordenou que ele se ajoelhasse. Suas últimas palavras foram um testemunho corajoso de fé – “Eu me ajoelho somente diante de Deus”- e foram, inclusive, escolhidas como recordação do dia de oração realizado hoje. 

“A cada dois anos nós divulgamos um relatório de perseguição religiosa no mundo, fazendo uma previsão em 196 países de como está o índice da perseguição e intolerância religiosa. Nesse último relatório a gente fez essa constatação, que não é nada feliz, mas que é real: não só o crescimento da perseguição religiosa, de infratores que perseguem por causa da fé, mas também por causa do autoritarismo. Em muitos países, é um governo fechado que impede a fé cristã, assim como outras realidades também, não só cristã – tanto que o relatório não prevê só os cristãos, é sobre liberdade religiosa”, explicou Tatiana. 

Veja, abaixo, a oração divulgada pela ACN para o dia de hoje: 

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