O trabalho voluntário com idosos e pessoas que mais precisam é uma das indicações de voluntariados no Jubileu da Esperança. Em São Paulo, um lar da terceira idade recebe o amor de cada voluntário neste gesto concreto de caridade.
Reportagem de Aline Imercio e Tiago Gualberto
Nicole tinha apenas nove anos quando começou a acompanhar a mãe no trabalho voluntário, neste lar de idosos, e era acolhida por todos. Hoje, aos 17, é voluntária e retribui com carinho tudo que recebeu. “Eu cresci no meio dos idosos e hoje para mim isso foi assim, eu vejo como algo essencial pra minha formação como ser humano”, disse a voluntária, Nicole Prata.
Dedicar parte do seu tempo a atividades voluntárias como cuidados dos idosos, é uma das exigências para se obter a indulgência plenária neste ano jubilar da esperança, segundo documento escrito no ano passado pelo Papa Francisco. E trabalhos como esses realizados aqui no Lar Vicentino são exemplos desses gestos concretos de caridade.
Mauro conheceu o lar em 1992 através do encontro de casais com Cristo da paróquia onde participava. Desde então é voluntário e hoje atua como presidente da instituição. Está presente todos os dias e vê que esse trabalho sempre foi uma forma de ter amor ao próximo. “Todo o trabalho que a gente faz como voluntário faz muito bem pra gente como pessoa. Não tenho nem como descrever quantas bênçãos a gente recebe por fazer alguma coisa sem esperar nada em troca”, apontou o presidente do Lar Vicentino, Mauro.
Como Mauro e Nicole, dezenas de voluntários ajudam a manter o Lar Vicentino vivo, um povo que traz o amor em pequenos gestos para idosos que viviam em situação de vulnerabilidade. “A solidão é muito triste, nada como a gente compartilhar com as pessoas”, relatou a moradora do Lar Vicentino, Gacira Aparecida Ramos.
Para Nicole, estar com os idosos é também se aproximar do amor de Deus. “É como aquela palavra de Cristo que devemos amar os outros, independente de tudo, o Ágape. Então assim, para mim é extremamente importante, é eu aplicando isso. Me faz uma pessoa 3000 vezes melhor e mais feliz”, retomou Nicole.
Dona Vicentina tem 100 anos, viu Nicole crescer aqui e hoje a considera parte da família. “É uma filha que eu não tive. É uma companheira de todo instante da minha vida e eu não sei dizer para Deus o que ela representa para mim”, concluiu a moradora do Lar Vicentino, Vicentina Rafael.