''Nada os detenha''

Vida monástica é fermento de vida nova para a Igreja e o mundo, diz Papa

Em encontro com beneditinos, Papa Leão XIV afirmou que a vocação monástica é um dom precioso para toda a Igreja e sinal da primazia de Deus

Da redação, com Vatican News

Foto: Reprodução Youtube Catholic Hymn

Na manhã deste sábado, 28, o Papa Leão XIV recebeu em audiência os participantes do Capítulo Geral da Congregação Vallombrosana da Ordem de São Bento. Logo no início de seu discurso, o Pontífice saudou o Abade Geral recém-reeleito e todos os religiosos presentes, sublinhando que a vocação monástica é um dom precioso para toda a Igreja, pois “recorda a primazia de Deus como fonte de alegria e princípio de transformação pessoal e social”.

O Santo Padre destacou que, assim como no tempo de São João Gualberto, fundador da Congregação, também hoje a humanidade se encontra na aurora de um novo milênio, marcado por incertezas e transformações profundas: “Não se trata de abandonar os desafios do nosso tempo, mas de habitá-los com a profundidade de quem sabe fazer silêncio e escutar a Palavra de Deus, para gerá-la na cultura que está em transformação.”

“Nada os detenha”

Ao recordar a fragilidade dos inícios da Congregação, Leão XIV destacou que essa memória deve ser fonte de inspiração e consolo frente às dificuldades atuais:

“Somos frequentemente menos fortes do que no passado, menos jovens e numerosos, às vezes feridos por limitações e erros humanos, mas o Evangelho, acolhido sem disfarces, jamais deixará de espalhar o perfume de sua beleza.”Nada os detenha na exigência originária de reformar, renovar e tornar simples, em benefício de todos, aquela vida cristã que ainda pode ampliar os horizontes e o fôlego de toda existência humana.”

O Papa evocou as palavras de São Paulo VI, que, em 1973, já sublinhava a atualidade do carisma vallombrosano, destacando-o como expressão de uma “nova conversão”, fonte de santificação pessoal e fermento de vida nova para o mundo.

“Sejam testemunhas”

Em seguida, Leão XIV fez também memória de seu “amado predecessor, Papa Francisco, que exortou incansavelmente todos a levar adiante a renovação da Igreja promovida pelo Concílio Vaticano II. Ele ainda hoje nos pede para vencermos a autorreferencialidade, sermos mais pobres e estarmos à escuta dos pobres, intensificando os laços de comunhão.”

Ao concluir, o Papa pediu aos religiosos para que vivam a espiritualidade beneditina na fidelidade à Regra, em diálogo com o mundo contemporâneo, mantendo o equilíbrio entre oração, trabalho e alegria: “Sejam testemunhas atentas e hospitaleiras dessa espiritualidade. Encorajo vocês a olharem para frente com esperança”.

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