MÊS MARIANO

Especialista comenta sobre títulos atribuídos a Nossa Senhora

No mês dedicado à Virgem Maria, especialista Raquel Mendes comenta sobre origem de alguns títulos prefigurados na Sagrada Escritura

Fernanda Lima,
Da Redação

Foto: Jonathan Dick, OSFS, via Unsplash

“Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48). Desde o surgimento do cristianismo, incontáveis títulos foram atribuídos à Virgem Maria. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão (cf. par. 971).

Para os brasileiros, Nossa Senhora Aparecida é, certamente, uma das mais populares. O Santuário dedicado à Padroeira do Brasil já foi visitado por três papas: São João Paulo II, Papa Bento XVI e Papa Francisco. Em cada país, Ela é invocada das mais diversas formas, com nomes diferentes, conforme a fé e a devoção do povo.

Raquel Mendes / Foto: Arquivo Pessoal

A especialista em Mariologia, Raquel Mendes Gaudêncio, ressalta a origem de tantos nomes dedicados à Nossa Senhora. “A Sagrada Escritura, embora não ofereça uma biografia completa da Virgem Maria, revela aspectos profundos da sua identidade e de seu papel único no plano da salvação. A imagem da ‘Filha de Sião’, representa o povo fiel de Israel. Trata-se de uma prefiguração de Maria, a filha fiel que dá à luz o Messias esperado”, frisa.

“Arca da Aliança”

Embora não haja menções diretas a Maria no Antigo Testamento, é possível também encontrar nele algumas figuras e profecias que a tradição cristã interpretou como prefigurações de sua missão.

De acordo com a especialista, a Arca da Aliança, que continha a presença de Deus, remete à Virgem Maria. “Ela carregou em seu seio o próprio Verbo de Deus. Em Gênesis, encontramos a ‘Mulher do protoevangelho’. A promessa de inimizade entre a serpente e a ‘mulher’, cuja descendência esmagará a cabeça da serpente, é vista como alusão a Maria e a Jesus, que triunfam sobre o pecado e Satanás”, expressa.

“A Virgem que conceberá”

Raquel destaca que o Antigo Testamento também refere-se a Maria como a “Virgem que conceberá”. “Esta profecia encontra seu cumprimento em Maria, que concebeu Jesus pelo poder do Espírito Santo, permanecendo Virgem”, sublinha.

Uma fé inabalável e obediência a Deus. Estes são alguns aspectos de Maria que Raquel enfatiza. “A Bíblia nos apresenta Maria não como uma figura distante, mas como uma mulher de fé, coragem e profunda união com Deus, que desempenhou um papel essencial no mistério da redenção. Sua vida e suas palavras continuam a inspirar e guiar os cristãos de todas as gerações”, concluiu.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

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