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Bispos e padre na Síria recordam Francisco: próximo dos que sofriam

De Damasco, Homs e Aleppo, representantes das igrejas locais dão voz aos sentimentos de amor e consternação dos fiéis sírios diante da morte do Papa

Da redação, com Vatican News

Foto: Ágatha Depiné na Unsplash

A Síria sempre esteve nas orações do Papa Francisco. Deste modo, a morte do Santo Padre gerou grande comoção entre católicos e admiradores. “As más notícias correm rápido”, afirmou o padre Youssef Jihad, do planalto do deserto onde está localizado o mosteiro de Mar Mousa, poucas horas após a divulgação da notícia. “O Papa retornou ao Pai Celestial e essa é uma certeza que nos tranquiliza. Francisco foi uma testemunha humilde e profunda do Evangelho, sempre ao lado dos pobres e daqueles que sofrem injustiça”.

De Aleppo, onde as pequenas comunidades cristãs sempre receberam com confiança as palavras de conforto do Papa Francisco durante os dias mais sombrios da violência que assolaram a cidade na última década, o bispo dos caldeus de toda a Síria, Dom Antoine Aoudo, destacou que entre as primeiras mensagens de condolências na Síria estavam as dos dois pastores protestantes, armênio e árabe, de Aleppo. “O papel internacional de Francisco em favor da paz e sua capacidade de ouvir os pobres e os refugiados foram percebidos com grande profundidade por todos no país”.  Dom Aoudo também recordou uma memória pessoal, a última vez que celebrou a Eucaristia com o Santo Padre: “um momento comovente de profunda comunhão”.

Oração pela amada Síria

O arcebispo católico sírio de Homs, Dom Jaques Mourad contou que os fiéis receberam com perplexidade a notícia da morte de Francisco, pouco antes da missa matinal. “Aqui na Síria, as pessoas não conheciam os detalhes do estado de saúde do Papa Francisco e muitos foram pegos de surpresa”, frisou dom Mourad . “Aproveitei a oportunidade para lembrá-los de que nós, com nossa fé, sempre celebramos a ressurreição de Cristo, porque a ressurreição de Jesus é a ressurreição de todos nós. Foi uma graça o fato de Jesus ter recebido a alma do Papa Francisco justamente no período pascal”.

Ele também enfatizou que na região, “a voz do Papa Francisco e sua constante oração por sua amada Síria sempre foi percebida como um testemunho de fé e coragem”. “Todos nós sabemos que se o líder da nossa Igreja é corajoso, todos nós seremos corajosos”, concluiu.

Em janeiro deste ano, diante da impossibilitado de realizar uma viajem, o Pontífice enviou para a Síria o prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, Cardeal Claudio Gugerotti. O ato teve como objetivo levar a proximidade e amor de Francisco ao povo sírio. 

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