Conferência internacional organizada pela Comunidade de Santo Egídio, sediada em Roma, foca na luta para abolir a execução sancionada pelo Estado
Da redação, com Vatican News
Mais da metade da população mundial vive em países onde a pena de morte ainda existe, incluindo Irã, Estados Unidos, China e Arábia Saudita.
Nos Estados Unidos, a pressão é alta para perdoar os mais de 2.100 americanos que estão no corredor da morte antes de 6 de janeiro. Ativistas estão pedindo que o presidente Joe Biden use seus “poderes de clemência presidencial” para perdoar 44 presos federais condenados à morte que correm risco de execução quando Donald Trump for empossado, já que uma das promessas que o presidente eleito fez é que ele executará as pessoas restantes no corredor da morte federal.
Um encontro pela vida
A Comunidade de Sant’Egidio, em Roma, realiza a 14ª edição do Congresso Internacional de Ministros da Justiça em 28 de novembro para debater a questão da pena de morte ao redor do mundo. Desde 2005, este encontro tem reunido ministros, ativistas e organizações de todo o mundo para “criar um espaço para diálogo e discussão entre diferentes sistemas de exercício da justiça e para promover processos de moratória e abolição da pena de morte”.
Conforme relata a Anistia Internacional, em 2022, 55 estados ainda têm pena de morte e, como diz Whitney Yang, ela só será abolida quando todos se envolverem. “É preciso que as bases, pessoas comuns, membros do público liguem para seus representantes, liguem para seu governo dizendo que acreditam no direito à vida”, diz o ativista anti-pena de morte em uma entrevista ao Vatican News.
Yang está lutando, em particular, pela liberdade de um condenado à morte nos Estados Unidos: Billie Allen. Há 27 anos, ele foi condenado à morte por um crime que não cometeu. Ela une sua voz com a de outros na reunião para pedir o fim da pena de morte porque, como ela explica, “a vida é sagrada, toda vida é sagrada, e nenhum ser humano deveria ter o direito de tirar a vida de outro”.