Tempo litúrgico

Advento é tempo de espera feliz e renovação da esperança, indica padre

Primeiro Domingo do Advento será celebrado em 1º de dezembro; presbítero frisa: “oportunidade de prepararmos nossos corações para viver um tempo novo”

Julia Beck
Da redação

Foto: Max Beck na Unsplash

O primeiro Domingo do Advento será celebrado neste domingo, 1º de dezembro. Período de preparação para a celebração do Natal do Senhor Jesus, este tempo litúrgico é de espera feliz, define o padre salesiano de Dom Bosco e pároco da Paróquia Santa Teresinha de São Paulo (SP), Sílvio César da Silva.

O Advento, comenta o sacerdote, adornado com a simbologia própria do presépio, faz memória do importante acontecimento de humildade e amor de Deus para com a humanidade: o nascimento de Jesus Cristo.

“Pela oração, pelos cantos e pela liturgia, recordamos a expectativa do povo de Israel pela vinda do Messias. É Jesus que chega! Tempo que faz renascer em nossos corações um desejo maior de unidade e de paz”, reflete.

Neste tempo litúrgico, padre Sílvio destaca a profecia de Isaías e de João Batista, além da figura central de Maria, escolhida por Deus para ser a Mãe do Salvador. “O discurso profético é de esperança, pois surgirá o descendente de Davi. Para o povo que vivia na escuridão, uma luz brilhará. João Batista aponta esse Cordeiro, que aplainará os caminhos tortuosos. E o ‘sim’ incondicional de Maria, abre o mundo para a chegada do Filho de Deus”, explica.

Vigilância

Padre Silvio César/ Foto: Arquivo Pessoal

Além de tempo de preparação, o Advento é tido também como um tempo de vigilância. No entanto, o presbítero comenta que essa vigilância não é estática, mas sim operosa.

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“Não se trata de ficarmos sentados, esperando o acontecimento. Mas é a oportunidade de prepararmos nossos corações para viver sempre um tempo novo, de uma fé fortalecida e de um testemunho forte de fidelidade ao Evangelho, que é o próprio Cristo”.

Natal e o início do Ano Santo

Em 2024, o Advento precederá não somente a Solenidade do Natal, mas também o início do Ano Jubilar. “Este ano é muito especial para nós. Ele acontece a cada 25 anos, é fundamentado na Sagrada Escritura como um ano de gratidão, porque rendemos graças, recordando o grande acontecimento do nascimento de Jesus Cristo”, revela.

Neste Ano Santo, o tema “Peregrinos de Esperança” deseja implantar no coração humano uma força renovadora do Evangelho, pontua padre Sílvio. Além disso, ele afirma que será um tempo oportuno de reconciliação e de maior adesão aos ensinamentos de Jesus. Para a Igreja, renovação de caminho, seguimento e fidelidade.

“Falar de esperança em tempos tão difíceis é algo que hoje é muito importante. Tempos em que percebemos o mundo em guerra, o conflito entre as pessoas, essa falta de tolerância, um comportamento humano tocado por muita violência e agressividade. Então, falar de esperança é depositar um pouquinho dessa fé, dessa certeza de que dias melhores virão, de que podemos sim dar um passo importante na nossa identidade junto do Evangelho”, observa.

Para o presbítero, o Ano Santo evocará a busca por maior concórdia, compaixão e perdão. “Jesus fala tanto do perdão. E essa esperança precisa acontecer em nós. Um cristão não vive sem esperança, um seguidor de Jesus não vive sem esperança. A nossa fé, ela se planta nessa esperança para que a gente não desista diante dos desafios”.

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