Milagre atribuído à intercessão do Bem-aventurado Allamano ocorreu na floresta amazônica brasileira, no estado de Roraima
Da redação, com Vatican News
A canonização do Bem-aventurado Allamano ocorreu neste sábado, 19 / Foto: Missionários da Consolata
Em vista das canonizações deste domingo, foi realizado nesta manhã de sábado na Sala de imprensa da Santa Sé um encontro com os jornalistas. Sobre a beatificação de José Allamano, fundador dos missionários e missionárias da Consolata, eis o que o arcebispo de Manaus e presidente do Conselho Indigenista Missionário, cardeal Leonardo Steiner disse a Silvonei José:
“José Allamano foi um homem de visão evangelizadora. Um homem que percebeu que a Igreja deveria permanecer sempre em missão conforme os ensinamentos de Jesus — por isso criou dos institutos, um masculino e um feminino. Nós, no Brasil, ne região amazônica, devemos muito aos padres e irmãs da Consolata. Por isso o significado de que ele seja canonizado para nós, que vivemos na Amazônia, é sinal de que devemos continuar no caminho de testemunho da Igreja”, afirmou o prelado.
Ainda presente no encontro Madre Lucia Bortolomasi, M.C., superiora geral da Irmã Missionárias da Consolata desde 2023, e o Padre James Bhola Lengarin, I.M.C., superior geral dos Missionários da Consolata. Na Sala de Imprensa vaticana também estava presente Júlio Ye’kwana, presidente da Associção Wanasseduume Ye’kwana (Seduunme) e líder indígena do território Yanomami no Estado de Roraima:
O milagre da canonização
O milagre atribuído à intercessão do Bem-aventurado Allamano ocorreu na floresta amazônica brasileira, no estado de Roraima, onde Sorino, um homem da etnia Yanomami, foi atacado por uma onça que feriu gravemente a sua cabeça, abrindo-lhe a caixa craniana; era 7 de fevereiro de 1996, o primeiro dia da novena ao Bem-aventurado Allamano.
Transportado para o Hospital de Boa Vista, socorrido pelas Missionárias da Consolata, que nunca deixaram de pedir sua recuperação por intercessão do Pai Fundador, Sorino recuperou milagrosamente a saúde em poucos meses e ainda hoje vive em sua comunidade indígena.
O processo diocesano para analisar o suposto milagre foi realizado em março de 2021 em Boa Vista, enquanto o processo do Dicastério para as Causas dos Santos foi concluído em 23 de maio de 2024, com a aprovação do decreto que reconheceu o milagre.
É um momento muito significativo para toda a família Consolata, composta por Padres, Irmãos, Irmãs, Leigos e Leigas.
Em uma mensagem, os Superiores Gerais dos dois Institutos, o Padre James Lengarin, IMC, e a Madre Lucia Bortolomasi, MC, escreveram:
“Sua canonização é para todos nós um imenso presente que nos convida a ouvi-lo para aproveitar cada vez mais a riqueza de sua santidade. Que nossos olhos e corações estejam fixos em nosso Fundador para ouvi-lo e olhar para sua santidade, que nos estimula a continuar sua missão de maneira séria e profunda”.
