Um novo apelo do Papa no Angelus deste domingo, 6 de outubro, véspera do primeiro aniversário do ataque do Hamas a Israel
Da redação, com Vatican News
“Cessar-fogo imediato em todas as frentes”, libertação dos reféns israelenses em Gaza, ajuda a população palestina exausta, fim da ‘espiral de vingança’ e de ataques como o do Irã, respeito à soberania de cada país. Poucas horas antes de iniciar os “dois dias” de oração — ao rezar o terço na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e o Dia de Oração e Jejum desta segunda-feira, 7 de outubro — o Papa Francisco volta a invocar a paz no Angelus e a indicar possíveis caminhos para acabar com a barbárie que vem ocorrendo no Oriente Médio há mais de um ano.
Parar a violência
Ao final do Angelus deste domingo, 6, o Papa lança seu apelo na véspera do primeiro aniversário do ataque terrorista do Hamas contra Israel, que desencadeou a violência e as tensões que aumentaram nas últimas semanas com os ataques do Irã contra Israel e o Líbano, onde, há menos de 24h, ataques a cidades e vilarejos na parte sul do país mataram 23 pessoas e feriram outras 93. Um cenário angustiante. Francisco, olhando pela janela do Palácio Apostólico, diz “chega”:
“Amanhã, irá completar um ano do ataque terrorista contra a população de Israel, a quem renovo minha proximidade. Não nos esqueçamos de que ainda há muitos reféns em Gaza, para os quais peço a libertação imediata. Desde aquele dia, o Oriente Médio mergulhou em um sofrimento cada vez maior, com ações militares destrutivas que continuam a atingir a população palestina. Essa população está sofrendo muito em Gaza, são civis inocentes, todas as pessoas que precisam receber ajuda humanitária necessária. Peço um cessar-fogo imediato em todas as frentes, inclusive no Líbano.”
Um pensamento ao Líbano
O Papa eleva sua oração ao céu por todos os libaneses, “especialmente pelos habitantes do sul que são forçados a deixar suas aldeias”. Em seguida, ele se dirige à comunidade das nações, pedindo que ajam para evitar que o conflito se espalhe: “Faço apelo à comunidade internacional para que ponha fim à espiral de vingança e garanta que ataques como o do Irã não se repitam”.
“Todas as nações têm o direito de existir em paz e segurança e os seus territórios não devem ser atacados ou invadidos. A soberania deve ser respeitada e garantida pela paz.”
A oração em Santa Maria Maior
“Nessa situação, a oração é mais necessária do que nunca.” O Papa, de fato, convida todos os fiéis do mundo, os presentes na Praça de São Pedro, mas também os conectados via streaming, a se unir para rezar o Terço pela Paz neste domingo, 6, na Basílica de Santa Maria Maior em Roma. Uma iniciativa que foi anunciada na última quarta-feira, 2, na missa de abertura do Sínodo sobre a Sinodalidade, e que deve contar com a participação de todos os membros da assembleia sinodal.
Essa oração continuará até segunda-feira, 7 de outubro, dia em que todos os fiéis do mundo inteiro são convocados pelo Papa a rezar e a se abster das refeições para implorar de Deus o dom da paz:
“Vamos nos unir com a força do bem contra as tramas diabólicas da guerra.”