Transfiguração do Senhor

“Tudo que se deve fazer na vida: escutar Jesus”, indica Papa

Francisco publicou mensagem em sua rede social sobre a Transfiguração do Senhor; padre da Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) reflete sobre festa da Igreja

Julia Beck
Da redação com colaboração de padre Evandro Lima e Gabriel Fontana   

Imagem: Divulgação Paulinas

A Festa da Transfiguração do Senhor, celebrada nesta terça-feira, 6, foi tema de publicação do Papa Francisco em sua conta oficial no X.  O Pontífice refletiu sobre a importância de escutar Jesus.

“«Este é o meu Filho predileto, escutai-O» (Mt 17, 5). Tudo aquilo que se deve fazer na vida, está nesta palavra: Escutar Jesus. Pega o Evangelho e lê o que diz Jesus ao teu coração. Porque Ele tem palavras de vida eterna”, escreveu.

Esta festa é posterior à da Exaltação da Cruz (14 de setembro), da qual depende a sua data, marcada para 6 de agosto, 40 dias antes da Exaltação da Cruz. A festa começou a ser celebrada, também no Ocidente, a partir do século IX, quando foi inserida no calendário romano pelo Papa Calisto III, em 1457: uma ocasião histórica pela feliz recordação da vitória contra os Turcos, ocorrida no ano anterior, que ameaçavam seriamente o Ocidente.

O ponto central da festa, naturalmente, é o mistério da Transfiguração: a visão do venerável “Ancião” no trono de fogo e a aparição do “Filho do Homem” (Cf. primeira leitura).

É conhecido, através de Lucas, que Jesus subiu para rezar: logo, a Transfiguração é um acontecimento de oração, onde Jesus mostra ser uma só coisa com o Pai (Cf. Jo 10,30). Naquele diálogo, onde “suas vestes eram resplandecentes de brancura”, Jesus revela ser a Luz do mundo (Cf. Jo 12,46).

Amostra do céu

O padre da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) e vigário da Paróquia Nossa Senhora da Paz, Jorge Luiz da Silva (Jorjão), recorda que, na Transfiguração, Jesus dá uma amostra do céu a Pedro, Tiago e João.

 “Podemos perceber que o céu já existe aqui nesse mundo, que Jesus mostra um pouco daquilo que é a verdade. Ele nos faz perceber que (…) que esse mundo não é a realidade definitiva que vivemos, que nós caminhamos para algo muito maior. Toda a dificuldade, toda a luta, todo o desafio, todo o cansaço, toda a ingratidão que vivemos nesse mundo tem um porquê”, afirma.

Não parar na dificuldade, pois o sofrimento não tem proporção diante da glória que há de vir, defende o sacerdote. “Nós somos cidadãos dos céus. (…) O Senhor reservou para nós algo que os olhos não podem ver”. Segundo o presbítero, Jesus faz com que os apóstolos vejam na terra o que a de vir no céu.

Urgência da santidade

A partir desta amostra do céu, padre Jorge salienta que a Igreja é uma figueira que tem que dar frutos e esse fruto é a santidade. Sendo assim, os santos são frutos da Igreja. O presbítero denota que estas pessoas, que alcançaram a santidade, não optaram pela mediocridade e sim por viver o cristianismo na realidade humana. “São a manifestação do céu aqui na terra”.

Ao longo da vida, o sacerdote frisa que conviveu com vários “santos” e essa é uma manifestação de que o mundo “tem jeito”, que é possível ter esperança. “Quanta santidade a gente vê nesse mundo… São pais de família, mães de família, sacerdotes, religiosas, consagrados, pessoas de todas as classes que fazem com que a gente não desanime ao longo da vida. Esses homens e mulheres são a mensagem que Deus manda de coragem, força”, conclui.

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