A presidente da Rede Dia da Terra fala sobre a importância da data para todos os membros da sociedade e sobre como uma verdadeira educação sobre o tema pode ajudar a tirar as pessoas da pobreza e colocá-las em uma economia sustentável
Da redação, com Vatican News
O Dia da Terra, comemorado anualmente em 22 de abril por bilhões de pessoas em todo o mundo, é um ponto de entrada no movimento ambiental e um ponto de validação para aqueles que passam o Dia da Terra (ou Semana ou Mês) trabalhando em questões ambientais.
Em entrevista ao Vatican News, Kathleen Rogers, presidente da Rede Dia da Terra, destaca que, por essas (e outras) razões, sua organização é “cotidiana”.
Um dia para todos
De aulas sobre meio ambiente a eventos comunitários, protestos e petições, o Dia da Terra é um momento especial na vida das pessoas. Os envolvidos variam de crianças em escolas a prefeitos de pequenos municípios e grandes cidades e, como sabemos pelo consistente apelo do Papa Francisco, a líderes mundiais, todos envolvidos diariamente na luta para proteger e cuidar de nossa Casa Comum.
“Então, realmente é para todos”, afiram Roberts, acrescentando que a importância do dia é justamente a beleza de poder se juntar a algo muito maior do que você.
A participação do Papa Francisco
O Santo Padre dedicou grande parte de seu pontificado à conscientização sobre a necessidade de agir contra a crise climática e, com sua encíclica, Laudato si’, que foi lida e estudada por católicos, e não, em todo o mundo, enfatiza Kathleen Rogers a enorme contribuição que ele deu, como líder da Igreja Católica, ao movimento climático.
Sua contribuição foi imensurável, continua Kathleen, observando que, embora Jorge Mario Bergoglio se preocupasse com o planeta muito antes de sua eleição como Sucessor de Pedro, “uma vez que ele foi elevado a esta importante posição, o mundo inteiro começou a tomar conhecimento”.
“Ele não tem apenas a política ou os interesses. Ele tem a oportunidade imensurável de influenciar as pessoas e, para os quase 1,5 bilhão de católicos do mundo, o que ele diz, como age e vive tem uma mensagem muito mais importante do que qualquer líder global do planeta, e tem sido assim desde que se tornou Papa”, diz Kathleen.
O poder de espalhar
Ao falar da diferença entre o ambientalismo católico e o ativismo ambiental secular, Kathleen aponta que o objetivo do Dia da Terra é “alcançar todos os outros”.
Ela explica que “não estamos focados na comunidade ambiental ou nas pessoas que vivem profundamente no verde”. Em vez disso, o objetivo é “realmente envolver as comunidades que têm o poder de alcançar mais pessoas”.
A missão
Os católicos têm influência por causa da própria religião. “É uma religião poderosa que fala de valores comunitários, de amor ao próximo”, e esta mensagem humana tem influência para além daqueles membros da Igreja Católica. “Sempre teve”, sublinha.
Por esta razão, de acordo com Katheleen, somos particularmente gratos a este Pontífice e aos católicos de todos os lugares que estão envolvidos no movimento “porque carregam essa mensagem tanto como uma plataforma moral quanto como uma plataforma que coloca mãos à obra”.