Padre Anderson afirma que o grande objetivo da Festa da Misericórdia é revelar o amor de Deus por todos, principalmente diante de um mundo marcado por tantas tragédias e pecados
Julia Beck
Da redação
Neste Domingo da Misericórdia, 16, o reitor do Seminário de filosofia e teologia da Diocese de Lorena – Maria, mãe dos sacerdotes –, padre Anderson Luiz de Sousa, reflete: “Jesus é o rosto visível da misericórdia. (…) A força do coração misericordioso de Jesus alcança a todos nós, pecadores”.
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O sacerdote comenta primeiramente sobre a origem da palavra misericórdia, que em sua raiz tem dois radicais em hebraico: hesed e rahamim. Hesed significa amor paterno, firmeza, enquanto rahamim seria definida por amor materno, ternura. “A misericórdia revela o modo como Deus nos trata, com amor de pai e com amor de mãe”, observa.
No Antigo Testamento, prossegue o presbítero, a misericórdia é traduzida como um agir de Deus; já no Novo Testamento, a misericórdia é revelada na cruz e ressurreição de Jesus, ou seja, ela estampa quem Deus é.
Festa da Misericórdia
Padre Anderson afirma que o grande objetivo da Festa da Misericórdia é revelar o amor de Deus por todos, principalmente diante de um mundo marcado por tantas tragédias e pecados.
O Domingo da Misericórdia frisa “um Deus amoroso e misericordioso que nos ama de forma gratuita”, indica. De acordo com o sacerdote, a gratuidade do amor de Deus se revela na pessoa de Jesus Cristo.
O presbítero recorda ainda a instituição da data – em 30 de abril de 2000 – por São João Paulo II durante a canonização de Santa Faustina. Para o reitor do seminário diocesano de Lorena, naquela celebração, o Papa João Paulo II deixou claro para o mundo que os escritos de Santa Faustina eram de grande importância para a Igreja.
Jesus Misericordioso
“Jesus é capaz de amar, perdoar, acolher, transformar e curar cada um”, sublinha padre Anderson ao comentar a visão de Santa Faustina de Jesus Misericordioso.
O sacerdote ressalta que a Igreja professa, proclama e anuncia a misericórdia de Deus. “Ela luta para colocar em prática a misericórdia também através dos sacramentos”, acrescenta.
Segundo o presbítero, a Igreja tem, em sua natureza e caráter, a identidade da misericórdia, porque tem Jesus como seu fundador. “Uma mãe de coração aberto”, como afirmou Papa Francisco na Evangelli Gaudium.
As parábolas e a misericórdia
Por fim, o sacerdote assinala que, no capítulo 15 do livro de São Lucas, há três parábolas que dizem sobre a misericórdia de Deus: a parábola da ovelha perdida, da moeda perdida e a do filho pródigo.
Todas “destacam o amor de um Deus que não desiste de nós. A misericórdia move o coração de Deus a nos procurar, encontrar… É um amor que quando encontra não julga, mas perdoa, acolhe e ama”.