A principal organização de ajuda humanitária da Igreja Católica pede a abertura imediata de corredores humanitários da Ucrânia para permitir a passagem segura de milhares de pessoas vulneráveis que fogem da guerra
Da redação, com Vatican News
Vários edifícios residenciais danificados na Ucrânia / Foto: Reprodução Reuters
A Caritas Internacional se uniu ao apelo do Papa Francisco para abertura de um corredor humanitário para dar oportunidade aos ucranianos atingidos pela guerra fugirem da violência em segurança.
No domingo, 27, o Santo Padre pediu que os soldados baixassem armas. “São irmãos e irmãs para os quais é urgente abrir corredores humanitários e que devem ser acolhidos pelo que está acontecendo na Ucrânia”.
O apelo da Caritas foi divulgado na segunda-feira, 28, durante uma videoconferência que contou com a participação do secretário-geral da Caritas Internationalis, Aloysius John, juntamente com representantes da Caritas Ucrânia e Polônia.
Em seu discurso de abertura, John disse que “na semana passada, a vida dos ucranianos se tornou um pesadelo”, com homens, mulheres e crianças forçados a fugir do país, deixando tudo para trás. Para o secretário-geral, a missão da Caritas é permanecer na linha de frente. “A solidariedade é um ato de esperança”, disse.
Cáritas em ação
A diretora da Caritas Ucrânia, Tatiana Stawnychy, disse que sua equipe está presente em todo o país e em muitas cidades que estão atualmente sob ataque, incluindo a capital Kiev, onde o padre Sviatoslav — da Caritas Spes — está coordenando os esforços de socorro para os milhares de moradores presos em suas casas sem comida abrogadas no metrô.
Em Kiev, segundo o padre Sviatoslav, as lojas estão vazias e as pessoas podem sair em busca de materiais necessidade básica apenas por algumas horas durante o dia.
“As estradas estão destruídas, edifícios e veículos foram bombardeados ou incendiados. Algumas pessoas encontraram abrigo em igrejas onde as comunidades religiosas estão fazendo o possível para oferecer proteção, especialmente para mães e crianças”, informou o religioso.
“Tentamos oferecer serviços especiais de apoio em cinco cidades para mulheres grávidas ou que acabaram de dar à luz. Estamos em contato com outros parceiros para a evacuação das crianças, mas enquanto as bombas estiverem caindo é difícil e perigoso agir”, acrescentou.
Eles destacaram, no entanto, as diversas de ações de socorro que estão chegando a cerca de 13 mil pessoas em diferentes partes do país, especialmente em áreas críticas como Kramatorsk, Rubizhne, Zaporizhya, Volnovakha, Mariupol, Kharkiv, Dnipro, Kiev, Zhytomyr, Odesa e Ivano-Frankivk.
Milhares de deslocados internos que agora procuram desesperadamente por um abrigo seguro, tanto no oeste da Ucrânia quanto no exterior, também estão sendo assistidos pela Caritas na Ucrânia.
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