Esclarecimento

Líderes cristãos de Jerusalém emitem nota sobre o “caso do Portão de Jafa”

Segundo os patriarcas e chefes, o caso não é mera disputa de propriedade, mas um compromisso de grupos radicais de assumir o controle das propriedades no Portão de Jafa como uma tentativa sistemática de minar a integridade da Cidade Santa

Da Redação, com Custódia da Terra Santa

Os patriarcas e líderes das igrejas cristãs de Jerusalém emitiram, nesta terça-feira, 7, um comunicado conjunto no qual condenam a recente sentença do Tribunal do Distrito de Jerusalém que rejeitou as provas apresentadas pela Igreja Ortodoxa Grega, sobre o chamado caso do “Jaffa Gate”. Trata-se de um embate judicial, em andamento há 14 anos, sobre a anulação do arrendamento de três propriedades próximas à Porta de Jafá, da Igreja Ortodoxa a um grupo de colonos judeus.

Portão de Jaffa: um dos oito portões das muralhas que cercam a cidade velha de Jerusalém / Foto: Custódia da Terra Santa

No comunicado, os 13 líderes destacam estarem unidos no compromisso de salvaguardar o histórico Status quo dos locais sagrados e os direitos das igrejas que são universalmente reconhecidos. Segundo o documento, o caso de “Jaffa Gate” (Portão de Jafa) ameaça esse Status Quo. “Estamos preocupados com o recente julgamento do Tribunal Distrital de Jerusalém, que rejeitou evidências que demonstram o caso da Igreja Ortodoxa Grega. Apoiamos fortemente os esforços da Igreja Ortodoxa Grega em seu pedido de justiça”, escrevem os líderes.

Segundo os patriarcas e chefes, o caso não é mera disputa de propriedade, mas um compromisso de grupos radicais de assumir o controle das propriedades no Portão de Jafa como uma tentativa sistemática de minar a integridade da Cidade Santa, obstruir a rota dos peregrinos cristãos e enfraquecer a presença cristã em Jerusalém.

“Este caso não afeta apenas a Igreja Ortodoxa Grega e suas propriedades. Isso prejudicará também a convivência pacífica entre as comunidades pelas quais Jerusalém é conhecida. Conclamamos o governo israelense a agir para salvaguardar a integridade da herança e patrimônio cristãos na Cidade Velha, bem como os Locais Sagrados e os direitos dos moradores do Bairro Cristão de Jerusalém”, destaca.

O documento recorda tratar-se de lugares que mais de dois bilhões de cristãos em todo o mundo consideram o coração de sua fé; que milhões de peregrinos cristãos visitam a cada ano; e na qual os cristãos locais vivem sua fé.

“Juntamente com o Profeta Amós, clamamos: “Corra a justiça como as águas, e a retidão como uma corrente que flui sempre”.

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