Os testes estão sendo conduzidos junto à Universidade de Oxford e contarão com 2 mil voluntários de 18 a 65 anos
Da redação, com Reuters
A Universidade de Oxford lançou os primeiros testes em humanos na África, a fim de desenvolver uma potencial vacina contra o novo coronavírus na África do Sul. Os testes tiveram início nesta quarta-feira, 24, à medida que os casos continuam a crescer no país e, também, as preocupações com o acesso aos tratamentos para salvar os infectados.
“Quando 60% da população, especialmente a população adulta, estiver imune, esperamos que a taxa reprodutiva fique abaixo de 1, o que basicamente significa que o vírus ainda estará presente, ainda circulará, mas sua cadeia de transmissão terá sido interrompida”, disse Shabir Madhi, professor e pesquisador da Universidade Wits.
A esperança do envolvimento da África do Sul em testes de vacinas garante que o continente terá acesso ao remédio e não será esquecido. A África do Sul é o segundo país, além do Reino Unido, a participar dos testes de Oxford, após o Brasil também ter lançado um estudo similar nesta quarta-feira, 24.
A vacina ChAdOx1 nCoV-19, também conhecida como AZD1222, foi originalmente desenvolvida pelos cientistas da Universidade de Oxford, que no momento trabalha com a AstraZeneca no desenvolvimento e distribuição do remédio.
A África do Sul, que no mês passado iniciou uma redução gradual do isolamento social, tem a maior taxa de infecções no continente, com mais de 100 mil casos confirmados e mais de 2 mil mortos.
A OMS já alertou que a África pode ser o novo epicentro da pandemia.
Até o momento, não há vacinas aprovadas ou tratamentos contra o novo coronavírus, mas várias vacinas em todo o mundo estão sendo testadas em seres humanos.