Conhecer característica do local de destino nas férias e atenção ao uso de objetos de valor são algumas dicas de autoproteção da polícia
Julia Beck
Da redação
Ruan Hummel Natali /Foto: Arquivo Pessoal
Enquanto aproveitava as férias em Ubatuba, cidade litorânea localizada no interior de São Paulo (SP), o engenheiro elétricos de 23 anos, Ruan Hummel Natali, passou por um momento de tensão. “Cheguei na praia acompanhado de três amigos e, depois de ir ao supermercado, fui abordado por um jovem que puxou minha corrente e anunciou o assalto”. A situação enfrentada pelo jovem é também vivida por muitos brasileiros neste período do ano, como conta a escrivã da Polícia Civil, Carolina Giovani Castro Fuzaro.
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“Neste período do ano, devido ao clima quente, é comum que as pessoas passem mais parte do tempo nas ruas. Com isso, teoricamente, a probabilidade de estarem expostas a alguma situação de risco é maior, o que por consequência pode acarretar no aumento dos índices de criminalidade. As ocorrências mais comuns são os furtos a residências, furtos de objetos, roubos a transeuntes e acidentes de trânsito”, relata Carolina.
O assalto sofrido por Ruan veio acompanhado de mais um susto: a violência. “Não pensei, e reagi com um soco no rapaz. Quando vi, atrás desse rapaz, havia mais seis que o acompanhavam. Eles tinham garrafas de vidro na mão e as usaram para me ferir. Tive o pescoço cortado e fui para o hospital às pressas. Passei por uma cirurgia que me rendeu 22 pontos no pescoço e 5 no braço”, recordou.
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Após o acontecido, o jovem recomenda que as pessoas não reajam a este tipo de ação, e que tentem manter a calma. “É preciso cuidado redobrado nas férias para que elas possam ser aproveitadas da melhor maneira e com segurança”, opinou. A escrivã da polícia indica que a melhor opção para evitar surpresas nas férias é o planejamento.
“É preciso verificar as condições do veículo para prevenir imprevistos durante a viagem. Também recomenda-se escolher o melhor trajeto, principalmente para destinos desconhecidos. Caso seja usado outro meio de transporte, comprar as passagens com antecedência e verificar os horários de viagem (…). Vale lembrar que os delitos ocorrem em situações cotidianas, geralmente na falta de atenção das vítimas. Conhecer as características do lugar onde está se visitando, ficar atento ao usar objetos de valor ou joias, não se expor em locais onde possa ser alvo de criminosos, são algumas formas de autoproteção”.
Cuidados com a casa
As casas também se tornam alvos comuns dos assaltantes neste período de férias. Diante deste fato, o investigador da Polícia Civil, José Antônio Bruno de Souza, recomenda às famílias que, ao se afastarem por um período longo, peçam para um amigo ou vizinho que observe sua residência. “Seria a aplicação da ideia da chamada ‘vizinhança solidária’, ou seja, uma forma de união, de solidariedade entre os vizinhos visando garantir a segurança. Além disso, também é válido a utilização de sistemas de segurança, tais como câmeras e alarmes”, completou.
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Para o policial, a prevenção é sempre o melhor remédio. “O que ocorre geralmente é que muitas vezes as pessoas descuidam de sua segurança por simplesmente acharem que algo nunca acontecerá com elas. Para tudo existe um protocolo ou uma forma recomendável de agir”. José Antônio aconselha que os cidadãos leiam com atenção o “Manual de Auto Proteção do Cidadão”, elaborado pela Polícia Militar do Estado de São Paulo:
“Ele [manual] tem por base ocorrências cotidianas, englobando diversas situações, tais como afogamento, acidentes domésticos ou de trânsito, incidentes com animais de estimação, dentre outros assuntos. O manual está disponível no site da Segurança Pública do Estado de São Paulo e vale a pena dar uma lida!”.
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