“Terrível atentado terrorista”, definiu Francisco no Angelus deste domingo a respeito do bárbaro atentado em Mogadíscio ocorrido no sábado, 28
Da redação, com Vatican News
Após recitar oração mariana do Angelus, o primeiro pensamento do Papa foi para a Somália, ferida por um terrível ataque que provocou dezenas de vítimas em Mogadíscio, mas incluindo crianças e principalmente jovens estudantes da Universidade de Benadir, policiais e dois estrangeiros de nacionalidade turca.
“Rezemos ao Senhor pelas vítimas do terrível atentado terrorista de ontem em Mogadíscio, Somália, onde mais de 70 pessoas foram mortas na explosão de um carro-bomba. Estou próximo a todos os familiares e àqueles que choram seu desaparecimento. Ave Maria…”
Autoria assumida por Al Shabaab
Proximidade, mas também firme condenação deum gesto louco e “horrível”, reivindicado algumas horas mais tarde pelo grupo terrorista Al Shabaab, braço da Al Qaeda na Somália.
Há algumas semanas, em Mogadíscio, cinco civis foram mortos durante um ataque a um hotel, enquanto o pior ataque ocorreu 2017, quando um caminhão-bomba matou cerca de 600 pessoas.
Entre as tantas mensagens de condolências de chefes de Estado e de organizações, voltadas a desfechar uma luta mais eficaz contra o terrorismo, está a da Comunidade de Santo Egídio, que pediu à comunidade internacional para que “abandonasse a Somália a um destino de morte e desagregação e para investir energia e recursos úteis para sua pacificação”.
Que a Somália não seja esquecida
A Somália está em guerra desde 1992, transformada ao longo dos anos em um luto sem fim para a população civil – recorda Santo Egídio em um comunicado -. Um conflito quase esquecido, onde a vida humana não importa mais. Não passa uma semana sem vítimas, devido a ataques terroristas de intensidades variáveis.
Enquanto isso, o país se divide sem que os líderes somalis possam chegar a um acordo entre eles sobre a própria Constituição e a ordem institucional. Numerosas tentativas fracassaram nos últimos anos e as regiões da Somália tendem a se separar umas das outras, como uma espécie de “salve-se quem puder”, devido ao abandono e ao desinteresse internacional.
Neste sentido, o apelo: “É necessário um ato de indignação e compromisso internacional, para que também em Mogadíscio não se morra mais desta maneira absurda”.