Mayuko Baba, que é deficiente visual, pôde encontrar João Paulo II e o Papa Francisco, em sua mais recente viagem ao Japão
Da redação, com Reuters
Vinte anos depois de se encontrar com o então Papa João Paulo II no Vaticano, a japonesa Mayuko Baba, de 52 anos, teve mais uma chance única em sua vida ― a de assistir à missa do Papa Francisco em sua viagem pelo Japão.
Baba, que é cega e trabalha na Reuters em Tóquio, lembra-se vivamente de seu primeiro encontro com João Paulo II, quando ainda era uma adolescente. “Senti uma luz dentro de mim que me deu um choque muito grande. Então comecei a chorar”, explica Baba, segurando uma foto do Pontífice beijando-a na testa.
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Quando ela o viu no Vaticano, ainda adolescente, estava em viagem pela Europa com seus colegas de classe da Universidade Sophia, de Tóquio, uma escola jesuíta, a universidade católica mais antiga do Japão.
Depois de uma hora de orações e hinos, o Papa João Paulo II cumprimentou cada grupo católico no auditório, contou Baba. Pressionado contra um corrimão na frente de seu grupo, Baba disse que instintivamente estendeu a mão quando João Paulo se aproximou, abraçou-a e deu-lhe um beijo de benção na testa. Naquele dia, ela disse, tornou-se admiradora do Papa.
Um ano depois, Baba foi batizada e se tornou uma dos 500 mil fiéis católicos no Japão ―um número pequeno se comparado às audiências do Papa ao ar livre. Na segunda-feira, 25, ela foi, acompanhada da mãe, ao estádio Tokyo Dome, onde uma Santa Missa fora celebrada pelo Papa Francisco. Ela não podia vê-lo, mas disse que sentia sua presença.
“Ele estava cheio de dignidade, mas também de bondade e gentileza”, disse Baba, acrescentando que “sua existência e presença aqui eram como estar ao lado de Jesus”.