Viagem Apostólica

Papa aos religiosos: mostrar aos tailandeses as maravilhas do Senhor

Francisco pediu que sacerdotes, religiosos, seminaristas e catequistas da Tailândia tenham coragem para inculturar o Evangelho e cultivar a oração

Da redação, com Vatican News

Papa durante discurso na Paróquia de São Pedro/ Foto: Reprodução – Vatican Media

Nesta sexta-feira, 22, o primeiro compromisso do Papa Francisco foi o encontro com os sacerdotes, consagrados e consagradas, seminaristas e catequistas na Paróquia de São Pedro, na Tailândia. O Pontífice iniciou seu discurso agradecendo todos os consagrados que se tornaram fecundos, com o silencioso martírio da fidelidade e dedicação diária. O Santo Padre recordou de modo especial os consagrados idosos:

“Penso que a história vocacional de cada um de nós está marcada por estas presenças que ajudaram a descobrir e discernir o fogo do Espírito. É tão belo e importante saber agradecer. (…) A gratidão é sempre uma ‘arma poderosa’ porque só se formos capazes de contemplar e agradecer concretamente todos os gestos de amor, é que deixaremos o Espírito presentear-nos com aquele ar puro capaz de renovar (e não empachar) a nossa vida e missão”.

Nesta linha, Francisco afirmou que os podem perguntar: “Como cultivo a fecundidade apostólica?”. O Papa afirma que só despertando para a beleza, a maravilha, a surpresa é que todos serão capazes de abrir novos horizontes e suscitar novos interrogativos. “O Senhor não nos chamou para nos enviar ao mundo a fim de impor às pessoas obrigações ou cargas mais pesadas do que aquelas já têm (e são muitas), mas para compartilhar uma alegria, um horizonte belo, novo e surpreendente”, explicou.

O Pontífice prosseguiu: “Isto impele-nos a não ter medo de procurar novos símbolos e imagens, uma música particular que ajude os tailandeses a despertarem para a maravilha que o Senhor nos quer dar. Não devemos ter medo de inculturar o Evangelho cada vez mais”.

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Segundo o Santo Padre, para muitos a fé cristã é uma fé estrangeira, é a religião dos estrangeiros. Este fato, impele os batizados a buscarem corajosamente modos de proclamar a fé ‘em dialeto’, tal como uma mãe canta as canções de embalar ao seu bebê, afirmou o Papa. “Devemos deixar que o Evangelho se despoje de roupagens boas, mas estrangeiras, para ressoar com a música que vos é própria nesta terra e faz vibrar a alma dos nossos irmãos com a mesma beleza que fascinou o nosso coração”, destacou.

Recordando os primórdios da vocação dos consagrados, Francisco destacou as atividades que prestaram enquanto ainda eram jovens, visitando os mais necessitados. “Certamente, lá, muitos foram visitados pelo Senhor, fazendo-lhes descobrir o chamado para Lhe dar tudo. Trata-se de sair de si mesmo e, no mesmo movimento de saída, sermos encontrados”, frisou. Ser cristão, afirma o Pontífice, é encontrar o outro.

“Só assim vocês serão sinal concreto da misericórdia viva e operante do Senhor; sinal da unção do Santo nestas terras. (…) Tal unção supõe a oração. A fecundidade apostólica requer e é sustentada cultivando a intimidade da oração. Uma intimidade, como a dos avós que rezam assiduamente o terço”, sublinhou. O Papa confirmou: “Sem a oração, toda a nossa vida e a nossa missão perdem sentido, força e fervor”.

Por fim, o Santo Padre citou São Paulo VI que dizia que “um dos piores inimigos da evangelização é a falta de fervor”. “O fervor alimenta-se neste duplo encontro: com o rosto do Senhor e com o dos irmãos”, concluiu.

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