Ajuda de emergência à Arquidiocese de Beira é a primeira enviada pela AIS após a passagem do ciclone
Da redação, com Fundação AIS
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) enviou nesta quinta-feira, 21, a primeira ajuda de emergência à Arquidiocese de Beira. O auxílio ocorreu menos de 24h depois da arquidiocese oficializar o pedido de ajuda à AIS, para minimizar o drama vivido pela população de Sofala – atingida pela passagem do ciclone Idai por Moçambique.
A Arquidiocese da Beira mostrou a sua enorme preocupação perante a dimensão dos estragos causados pelo ciclone. Em comunicado à Fundação AIS, a arquidiocese relatou os rastros deixados pelo fenômeno natural: “Além de ceifar dezenas de vidas humanas e fazer muitos feridos, desalojou muitas famílias e provocou muitos danos nas estruturas paroquiais, casas religiosas e casas de formação”.
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A sede da Fundação AIS, localizada em Königstein, na Alemanha, decidiu pelo envio de uma primeira ajuda de emergência no valor de 30 mil euros. Esta verba já está sendo aplicada localmente, de acordo com o arcebispo de Beira, Dom Cláudi Dalla Zuanna. Segundo Dom Dalla, o valor está sendo utilizado na presença eclesial junto das comunidades, na aquisição e distribuição de lonas plásticas, material básico de uma habitação (baldes, copos, pratos, etc.), e na logística para a deslocação de membros da Igreja — sacerdotes, religiosos ou leigos.
A passagem do ciclone Idai por Moçambique, Malawi e Zimbabué, deixou um rasto de destruição e causou centenas de mortos – as autoridades de Maputo avançam com a possibilidade de haver mais de mil vítimas – tendo afetado mais de 1,5 milhões de pessoas nestes três países africanos. Com ventos fortes e chuvas intensas, o Idai atingiu a região da Beira, no centro de Moçambique, na quinta-feira,14, à noite, cortando as principais linhas de comunicação e as fontes de energia da cidade, uma das quatro mais importantes de Moçambique, com cerca de 500 mil habitantes.
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Dom Francisco Lerma, bispo de Gurué, afirmou em carta aberta, que o desastre natural é de consequências inimagináveis, que a cidade da Beira está destruída em 80 a 90 por cento, e se encontra há três dias sem energia eléctrica, água, sem casas, sem comida, sem hospital, sem comunicações. O Governo moçambicano decretou, entretanto, três dias de luto nacional e o estado de emergência.