Nesta sexta-feira, 18, Francisco enviou uma mensagem aos jovens participantes da JMJ Indígena, que acontece no Panamá
Da redação, com Vatican News
Papa em mensagem direcionada aos jovens indígenas reunidos no Panamá/ Foto: Reprodução Vatican News
O Papa Francisco enviou nesta sexta-feira, 18, uma mensagem em vídeo dirigida aos jovens indígenas que estão participando da Jornada Mundial da Juventude Indígena, que teve início nesta quinta-feira, 17. O evento, que acontecerá até segunda-feira, 21, reúne mais de mil jovens indígenas, provenientes de vários países, na diocese panamenha de Davi, em Soloy.
Os jovens que participam da Jornada Mundial da Juventude Indígena, se unirão aos demais e ao Santo Padre, na terça-feira, 23, no Panamá. Os jovens representarão os cerca de 60 milhões de indígenas de 522 povos diferentes, das Américas e Austrália.
Na mensagem, o Pontífice recordou o fim da Jornada Mundial da Juventude que ocorreu na Cracóvia, em 2016, e a frase, que se tornou o lema da Jornada Mundial da Juventude Indígena, dita por ele aos jovens voluntários daquela JMJ: “Nós assumimos a memória do nosso passado para construir esperança com coragem”.
Francisco emitiu suas felicitações pelo fato desta ser a primeira pré-JMDA organizada especificamente para jovens pertencentes a povos indígenas de todo o mundo. “Uma iniciativa que quero agradecer à Seção Pastoral Indígena da Conferência Episcopal do Panamá, apoiada pelo CELAM”, declarou.
Para o Santo Padre, o encontro incentivará diferentes povos indígenas a refletirem e celebrarem a fé em Jesus Cristo a partir da antiga riqueza de suas culturas nativas. “Exorto-vos a ser uma oportunidade para responder ao convite da juventude, em outros momentos, para serem gratos pela história de seu povo e valentes ao enfrentarem os desafios em torno deles, para seguir em frente, com esperança na construção de um outro mundo”, disse o Papa.
O Pontífice prosseguiu pedindo: “Volte para as culturas de origem. Cuide das raízes, porque das raízes vem a força que as fará crescer, florescer e dar frutos. Além disso, você deve ser uma forma de mostrar o rosto indígena da nossa Igreja na atmosfera da JMJ. Afirmamos nosso compromisso de proteger a nossa casa comum e ajudar a construir um outro mundo, mais justo e mais humano”.
Sobre as situações de marginalização, exclusão, descarte e empobrecimento que milhões de jovens, especialmente jovens dos povos originários, enfrentam no mundo, Francisco incentivou a busca de respostas a partir da perspectiva evangélica. “A consciência de pertença às suas aldeias, é uma reação contra esta cultura de descarte, contra esta cultura de esquecer as raízes, projetada para um futuro mais gasosos, líquido, cada vez mais infundado”, sublinhou.
Por fim, o Papa exortou: “Meninos e meninas, se encarreguem de suas culturas! Tomem conta de suas raízes! Mas não fiquem aí. Que dessas raízes cresçam, floresçam, e deem frutos. Um poeta disse que ‘tudo que a árvore tem de flor, vem do que está enterrado’. As raízes. Mas raízes tomadas no futuro. Projetadas para o futuro. Este é seu desafio hoje. Será um prazer para mim encontrá-los no Panamá. E quando esse momento chegar, desejo-lhe os melhores sucessos no Encontro e dou-lhe a minha bênção”.
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