Design Thinking é instrumento para a solução de problemas
André Prado*
O Design Thinking é considerado um instrumento para a solução de problemas. Trata-se de uma ferramenta de inovação radical para as organizações considerando inclusive as atividades desenvolvidas pelo profissional que desenvolve determinados projetos, o designer.
A literatura aponta que este instrumento de inovação pode ser aplicado em diferentes tipos de empresas, mas é necessário saber sobre o que é mais importante para cada tipo de negócio. Embora um número considerável de empreendedores ainda não encontre benefícios tangíveis para a aplicação desta metodologia, vantagens têm sido enfatizadas por especialistas que defendem o uso da ferramenta.
O Design Thinking possui um conjunto de meios e procedimentos para abordagens de problemas e análise de situações. Entre suas etapas o uso da empatia relacionada ao problema propõe a elaboração de soluções criativas.
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A relação custo versus benefício também se constitui uma vantagem para as corporações, pois sabendo utilizar este instrumento não será necessário investir recursos significativos. Entretanto, exigirá energia para adaptar a cultura empresarial para aderir às novas práticas.
Um dos melhores resultados do Design Thinking é o estímulo à criatividade. Afinal, empresas que desejam inovar devem incentivar seus colaboradores à criação de novos bens para que os clientes tenham suas expectativas superadas.
Para a solução de problemas é preciso pensar fora da caixa. Neste contexto, respeitar a diversidade de ideias é primordial. Pensamentos diferentes podem ser muito úteis quando aproveitados em prol de concepções que podem gerar resultados esperados.
O cliente não pode ser desprezado e deve ser parte fundamental no processo. As empresas que mais se dão bem no mercado são aquelas que sabem ouvir os consumidores, identificam suas necessidades, e, sempre que possível, aproveitam seus clientes como consultores para gerar valores.
Outras abordagens
Alguns críticos alegam que o Design Thinking é apenas uma nova roupagem para um procedimento antigo. Alguns profissionais afirmam em literaturas que a ferramenta assemelha-se à abordagem racional-experimental para a busca de solução de problemas criada entre os anos 70 e 80.
A multinacional Apple fundada em 1976 parece ser um exemplo de indústria que utilizou boa parte dos conceitos para a inovação de seus produtos oferecidos ao público. Steve Jobs, um dos fundadores da empresa, incentivava a inovação em busca do pensar diferente.
Jobs buscava criar novos produtos na Apple sem copiar empresas concorrentes. O primeiro passo começava no processo de seleção, pois o fundador não queria perder tempo com a contratação de profissionais com a mente formatada, desejando apenas contratar pessoas inteligentes, talentosas e criativas.
Independente do fato do Design Thinking ser ou não uma versão estilizada de uma abordagem anterior, seus benefícios não podem ser desprezados quando aplicados em áreas de negócios empresariais.
Procurar soluções observando óticas diferenciadas e novas perspectivas para resolver problemas é algo fundamental para organizações que desejam criar o futuro tendo a inovação como principal propulsora do desenvolvimento.
Neste contexto, os profissionais dotados de competências e habilidades devem estar envolvidos e sempre atuantes junto às equipes. Os clientes mais do que nunca devem ser valorizados em cada etapa desenvolvida e a organização deve estar disposta a direcionar a empresa a novos rumos para que patamares superiores sejam alcançados via processos de inovação.