Ao todo, ao longo desta semana, serão 276 pessoas transferidas em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)
Da redação, com Agência Brasil
A Força Aérea Brasileira (FAB) levou 187 venezuelanos de Boa Vista (RR) para Manaus, João Pessoa e São Paulo. Foram 65, 69 e 53 venezuelanos levados a essas capitais, respectivamente. Esse é o primeiro grupo desta sexta etapa do processo de interiorização dos migrantes que cruzaram a fronteira do país, fugindo da crise político-econômica da Venezuela.
Ao todo, ao longo da semana, serão 276 pessoas transferidas em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Na próxima quinta-feira, 60 deles serão levados para a cidade paranaense de Goioerê, 25 para o Rio de Janeiro e quatro para Brasília.
Entre abril a julho deste ano, 820 pessoas foram transferidas de Roraima para sete cidades. A maior parte deles (287) foi encaminhada para centros de acolhimento em São Paulo.
A previsão da Casa Civil da Presidência da República, que tem coordenado a ação, é que, somando os meses de agosto e setembro, a interiorização inclua mais de mil venezuelanos.
Alternativa
A transferência para outras cidades acontece de forma voluntária como uma alternativa para os migrantes que estão vivendo em situação de extrema vulnerabilidade.
A partir da manifestação das cidades que disponibilizam espaços para acolher estas pessoas e do perfil desses abrigos, são identificados os que têm interesse em participar do processo.
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Todos os venezuelanos que migram para outras cidades recebem vacina e são submetidos a exame de saúde. A situação deles no país também é regularizada e os migrantes passam a ter CPF (Cadastro de Pessoa Física) e carteira de trabalho.
A ação tem sido feita em parceria entre o governo e organismos internacionais ligados às Nações Unidas, como as Agências para Refugiados (Acnur) e para as Migrações (OIM), além do Fundo de População das Nações Unidas (Unfa) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
De acordo com a Casa Civil, ainda antes do embarque dos refugiados, os órgãos envolvidos no processo, as autoridades locais e a coordenação dos abrigos definem estratégias para garantir o atendimento de saúde aos refugiados, a matrícula das crianças em escolas nas cidades, a garantia de um reforço para o ensino da Língua Portuguesa e cursos profissionalizantes.
Outra medida é voltada para o setor privado que têm sido motivado a absorver a mão de obra refugiada.