Na liturgia deste Angelus, Francisco recordou a história do nascimento de São João Batista
Da redação, com Boletim da Santa Sé
Na manhã deste domingo, 24, o Papa Francisco celebrou a oração mariana do Angelus, oportunidade na qual centrou a liturgia na Festa da Natividade de São João Batista. Segundo o Santo Padre, o nascimento foi um evento cercado de carinho por seus pais, Isabel e Zacarias, que embora tristes por não terem filhos por conta de suas idades avançadas, sentiram-se abençoados pelo Senhor com aquele importante evento em suas vidas ― o nascimento de João Batista.
“As leis naturais não permitiam, já que eram idosos. Mas Deus não depende de nossas lógicas e limitadas capacidades humanas. É preciso aprender a confiar e a se calar diante do mistério de Deus. E a contemplar, na humildade e no silêncio, a sua obra, que se revela na história e que muitas vezes supera a nossa imaginação”, explicou o Sucessor de Pedro.
Assim que Isabel e Zacarias entendem que nada é impossível para Deus, a alegria de ambos se torna vasta. “O Evangelho de hoje anuncia o nascimento e depois se detém no momento da imposição do nome do menino. Isabel escolhe um nome estranho à tradição da família e diz: ‘ele se chamará João’. Porque João significa ‘Deus realizou a graça’ e esta criança será uma testemunha e arauto da graça a Deus para os pobres que esperam, com fé e humilde, a sua salvação”, disse Francisco.
Zacarias, prosseguiu o Papa, confirmou a escolha daquele nome quando o escreve em uma tábua, já que era mudo. E, naquele instante, sua boca se abriu e começou a falar. “E falava agradecendo a Deus. Todo acontecimento do nascimento de João Batista é circundado por alegria, surpresa e gratidão”, expôs o pontífice.
O milagre do nascimento de João era dito com alegria pelo povo com muita alegria e afeito. “Olhemos para as pessoas que falavam deste milagre do nascimento de João, falavam com sentido de surpresa e gratidão. E, olhando isto, perguntemo-nos: como está a minha fé? É uma fé alegre ou uma fé sempre igual, uma fé plana? Tenho este sentido da maravilha quando ouço falar das obras de Deus, quando ouço falar da evangelização da vida de um santo?”, questionou o Papa Francisco.
Ouvir o consolo do espírito e não se fechar ele, aconselhou enquanto o pontífice enquanto prosseguia a liturgia mariana do Angelus deste domingo. “Cada um de nós, façamos um exame de consciência sobre como é a minha fé. É alegria? É aberta às surpresas de Deus? Porque o Deus é o Deus das surpresas. Ou tenho já na alma esta alegria na presença de Deus no sentido de gratidão? Pensemos nestas palavras que animaram a fé: alegria, sentido de maravilha, surpresa e gratidão”, ponderou o Sucessor de Pedro.
Beatificação de Chiquitunga
Ao final do Angelus, o Papa se lembrou da beatificação de Maria Felícia de Jesus Sacramentado, conhecida pelo povo paraguaio como Chiquitunga. “Viveu em meados do século 20, aderiu com entusiasmo a ação católica e cuidou dos idosos e encarcerados. Esta experiência fecunda de apostolado, sustentada com a eucaristia cotidiana desabrochou na consagração ao Senhor”, lembrou. “O testemunho desta jovem beata é um convite a todos os jovens, especialmente aos paraguaios, a viverem a vida com generosidade, mansidão e alegria. Vamos saudar a Chiquitunga com aplausos”, finalizou Francisco.