Em reflexão que antecede oração do Regina Coeli, Francisco recordou importância da Solenidade de Pentecostes para a história da santidade cristã
Da redação, com Boletim da Santa Sé
Da janela do Palácio Apostólico do Vaticano, Papa Francisco iniciou na manhã deste domingo de Pentecostes, 20, a reflexão que antecede a oração do Regina Coeli. Aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Pontífice recordou a importância da vivência do derramamento do Espírito Santo sobre os apóstolos e os outros discípulos reunidos em oração com a Virgem Maria no Cenáculo (cf. Atos 2 : 1-11). “Naquele dia começou a história da santidade cristã, porque o Espírito Santo é a fonte de santidade, que não é privilégio de poucos, mas a vocação de todos”, afirmou.
Francisco recordou que, no batismo, todos os cristãos são chamados a participar da mesma vida divina de Cristo e, com a Confirmação – a Crisma —, tornam-se testemunhas no mundo. O Papa seguiu citando um trecho de sua recém-lançada Exortação Apostólica, a Gaudete et exsultate: “O Espírito Santo derrama a santidade em todos os lugares no santo povo fiel de Deus” (Gaudete et exsultate , 6).
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O Santo Padre retomou também os desígnios de santidade, anunciado pelos antigos profetas. “Vou colocar meu espírito dentro de você e fazê-lo viver de acordo com as minhas leis e vou fazer você observar e colocar em práticas minhas normas. […] tu serás o meu povo e eu serei o teu Deus”(36: 27-28), afirmou o Papa ao citar a passagem de Ezequiel.
“Hoje é a festa do derramamento do Espírito. Daquele dia de Pentecostes, e até o fim dos tempos, essa santidade, cuja plenitude é Cristo, é dada a todos os que se abrem à ação do Espírito Santo e se esforçam para serem dóceis a Ele. É o Espírito que nos faz experimentar uma alegria plena. Ao entrar em nós, o Espírito Santo derrota a secura, abre os corações para a esperança e estimula o amadurecimento interior no relacionamento com Deus e com o próximo”, sublinhou Francisco.
O Papa seguiu citando a frase de São Paulo: “O fruto do Espírito é o amor, a alegria, a paz, a magnanimidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão e o domínio de si” ( Gal 5:22 ). O Pontífice encerrou sua reflexão pedindo à Virgem Maria uma Igreja renovada em Pentecostes, uma juventude renovada para testemunhar a alegria de viver o Evangelho e a efusão, em todos os cristãos, de um profundo desejo de santidade.