O Santo Padre pediu ainda programas de apoio a essas pessoas e que os países não permitam a exploração
Da redação, com Rádio Vaticano
Na manhã deste domingo, 1º, em sua reflexão do Ângelus, o Papa Francisco lembrou a importância do auxílio prestado aos estrangeiros e migrantes “que vêm bater à nossa porta”. Sobre este assunto, o Santo Padre disse:
“Este fenômeno requer visão e grande determinação na gestão, inteligência e estruturas, mecanismos claros, que não permitam distorções ou exploração, sobretudo por serem pessoas pobres. É preciso que outros países adotem programas de apoio e acolhimento, abram corredores humanitários para os refugiados. Que haja integração!”
Francisco esteve em Cesena, por ocasião dos 300 anos de nascimento do Papa Pio VI, natural daquela cidade. Em seguida, deslocou-se de helicóptero à cidade de Bolonha, por conta do Congresso Eucarístico diocesano. Seu primeiro encontro na cidade foi no Porto, quando encontrou cerca de mil migrantes e assistentes sociais do centro regional bolonhês.
Francisco concluiu seu discurso aos inúmeros migrantes no Porto de Bolonha. Recordou que “há 760 anos, esta cidade foi a primeira na Europa a liberar 5855 escravos. Assim como outrora, seus habitantes não têm medo de acolher tantas pessoas, que chegam de países pobres, em busca de felicidade, esperança e prosperidade”, afirmou.
No local em que era aguardado por uma multidão de desempregados e membros representantes do mundo do trabalho, com os quais Francisco rezou a oração mariana do Ângelus. “Vocês representam diversas partes sociais, muitas vezes em discussão até ásperas, mas aprenderam que, somente juntos se pode superar a crise e construir o futuro. Somente o diálogo permite encontrar respostas eficazes e inovadoras, sobretudo no que se refere à qualidade do trabalho e o indispensável bem-estar de todos”, disse o Sucessor de Pedro.
Soluções estáveis e capazes de ajudar as famílias a encarar o futuro mesmo diante das dificuldades impostas pela falta de emprego. Tornar a sociedade mais justa, explicou Francisco, não é um sonho do passado, mas um compromisso, um trabalho que precisa de todos nós. “O acolhimento e a luta contra a pobreza passam, em grande parte, através do trabalho. Não se pode oferecer ajuda aos pobres sem dar-lhes trabalho e dignidade”, afirmou.
Depois da oração do Angelus, o Santo Padre deixou a Praça Maior de Bolonha, situada diante da Basílica de São Petrônio. Francisco almoçou com os pobres, refugiados e encarcerados, aos quais disse: “Vocês estão ao centro desta casa, a igreja. Ela é de todos, sobretudo dos pobres. Todos somos convidados como comensais. Jesus, em sua casa, não descarta e nem despreza ninguém. Pelo contrário, come, bebe, caminha e sofre conosco”.