Votação convocada pela oposição negou mudança na Constituição
Ansa
Mais de 98% dos participantes do plebiscito informal realizado neste domingo, 16, na Venezuela rejeitaram a proposta do presidente Nicolás Maduro para reescrever a Constituição do país. A votação foi convocado pela oposição como forma de comprovar que a maioria da população é contrária à Assembleia Constituinte. O pleito contou com a participação de 7,1 milhões de pessoas, sendo que 6,3 milhões votaram contra a reforma da Constituição.
Também houve votação no exterior em urnas improvisadas em cerca de 80 países. Durante a votação do plebiscito informal, duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas em um ataque realizado por grupos paramilitares governistas em Catia, subúrbio de Caracas.
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A Venezuela enfrenta uma grave crise política e uma série de protestos que deixaram já quase 100 mortos no país. A oposição exige que Maduro convoque eleições presidenciais antes de seu mandato, mas o chavista marcou para 30 de julho a eleição para 545 membros da Assembleia Constituinte para reescrever a Carta Magna e dissolver as instituições do Estado.
De acordo com institutos de pesquisas venezuelanos, ao menos 70% da população local – de 31 milhões de pessoas – rejeita a proposta de Maduro. Para o presidente do Parlamento venezuelano, Julio Borges, o “referendo simbólico demonstrou que o mandato de Maduro está matematicamente revogado”.