Antes da visita do Papa Francisco ao Egito, em maio deste ano, o grupo terrorista “Estado Islâmico” tinha explodido duas igrejas coptas no país
Da redação, com Ansa e Reuters
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado desta sexta-feira, 26, contra um ônibus no Egito que levava cristãos coptas e o qual deixou 29 mortos e dezenas de pessoas feridas.
O ônibus transportava cristãos coptas para o monastério de Anba Samnuel, em Minya, no sul do país. Um grupo de homens armados abriu fogo contra o veículo e todo o ataque foi filmado em vídeo.
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Os coptas frequentemente são alvos de atentados do Estado Islâmico no Egito e em outros países muçulmanos. Foi justamente para conter a perseguição de cristãos que o papa Francisco fez uma viagem ao Egito no fim de abril, ocasião em que se reuniu com líderes políticos e religiosos. Antes da visita do Papa Francisco, o EI tinha explodido duas igrejas coptas no país.
Resposta aos ataques
O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, disse ter ordenado ataques aéreos contra o que chamou de acampamentos terroristas, declarando em discurso televisionado que Estados que patrocinaram terrorismo serão punidos.
Segundo a Agência Reuters, seis ataques ocorreram próximos a Derna, no leste da Líbia, por volta do pôr do sol, horas após atiradores mascarados atacarem um grupo de cristãos coptas que viajava para um mosteiro na região central do Egito.
As forças militares do Egito disseram que a operação está em curso e foi realizada após ser verificado que os acampamentos treinaram os atiradores por trás dos ataques.
“O incidente terrorista que aconteceu hoje não irá passar despercebido”, disse Sisi, na sexta-feira, 26. “Estamos atualmente tendo como alvo os acampamentos onde os terroristas foram treinados.”
Ele disse que o Egito não irá hesitar em realizar novos ataques aéreos contra acampamentos que treinaram pessoas para realizar operações contra o Egito, sejam estes acampamentos dentro ou fora do país.