Em discurso Papa pede: “Nunca mais guerras entre irmãos!

Em discurso o Papa Francisco pediu a construção da paz na vida cotidiana e suplicou: “Nunca mais guerras entre irmãos! ”

Rogéria Nair
Da Redação

Em seu discurso às autoridades civis e religiosas e membros do corpo diplomático, o Santo Padre afirmou ser difícil não se sentir em casa, já que o Paraguai é considerado o coração da América, devido à localização geográfica e por sua hospitalidade.

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Papa Francisco encontra-se com corpo diplomático e presidente do Paraguai – Foto: CTV

Francisco expressou admiração à tenacidade e ao espírito de superação do povo paraguaio frente ao sofrimento desde os primeiros passos como nação independente até os dias recentes. Prestou homenagem aos militares simples, cujos nomes não aparecerão escritos nos livros de história, como ele mesmo afirmou, mas que foram protagonistas da vida de seu povo.

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Reconheceu admiração às mulheres paraguaias, que durante os momentos dramáticos da história, carregaram nos ombros o peso maior e souberam levar adiante suas famílias e seu país infundindo nas novas gerações a esperança de um amanhã melhor.

Segundo o Sumo Pontífice uma história com memória livre de sentimentos de vingança e ódio transforma o passado em fonte de inspiração para o futuro, criando nas pessoas a consciência da insensatez e da tragédia que é aguerra. Pediu a construção da paz na vida cotidiana e a rejeição aos gestos arrogantes, às palavras ofensivas, às atitudes prepotentes e, de modo positivo, destacou a importância da compreensão, do diálogo e da colaboração entre todos. “Nunca mais guerras entre irmãos! ”, suplicou.

Encorajou a nação a continuar trabalhando pela consolidação das estruturas e instituições democráticas que deem respostas às justas aspirações dos cidadãos. Em todas as áreas da sociedade, mas especialmente na atividade pública, estimulou a promoção do diálogo como meio privilegiado para favorecer o bem comum. E apontou o amor como motor para o crescimento em gestões transparentes que lutam com ímpeto contra a corrupção.

Recordou os passos importantes dados no campo da educação e saúde e pediu que o esforço de todos os agentes sociais não cesse de modo que as pessoas não sejam obrigadas a migrar para um futuro incerto.

E lembrou que o desenvolvimento econômico que não tenha em conta os mais fracos e desfavorecidos não é verdadeiro. “A medida do modelo econômico deve ser a dignidade integral do ser humano, especialmente dos mais vulneráveis e indefesos”, salientou o Bispo de Roma.

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Assegurou a colaboração da Igreja para a construção de uma sociedade justa e inclusiva, na qual cada um possa viver em paz e harmonia, afirmando que todos, inclusive os pastores da Igreja, são chamados a preocupar-se com a edificação de um mundo melhor. A esse respeito afirmou ser a certeza da fé em Deus que se fez homem para compartilhar do nosso destino que deve nos mover.

Evidenciou que Cristo abre o caminho da misericórdia, que se baseia na justiça mas vai mais além disso e ilumina a caridade, de modo que ninguém fique à margem da grande família paraguaia. Concluiu fazendo memória à Virgem de Caacupé, para a qual rezou pedindo para que o Paraguai seja fecundo como indica a flor da passiflora em seu manto. Desejou que, assim como a faixa com as cores da bandeira do país cingem a imagem de Nossa Senhora, também a nação se abrace à Mãe de Deus.

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