Francisco explicou que a natureza apostólica implica na missionariedade da Igreja, que é enviada para anunciar o Evangelho a todos
Jéssica Marçal, com Rádio Vaticano em italiano
Da Redação
Na catequese desta quarta-feira, 16, Papa Francisco refletiu sobre a natureza apostólica da Igreja. Ele explicou que há duas tarefas principais nessa comunidade missionária constituída por Jesus com o grupo de apóstolos: pregar Deus e anunciar o Evangelho. Com base nessas características, Francisco defendeu uma Igreja sempre aberta a todos, dizendo que quando ela se fecha, trai a sua própria identidade.
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O Papa explicou que dizer que a Igreja é apostólica significa destacar a ligação que ela tem com os Apóstolos, grupo que Jesus escolheu para permanecer com Ele e pregar. A palavra “apóstolo” vem do grego e quer dizer “enviado”.
“Todos nós, se queremos ser apóstolos devemos perguntar-nos: ‘eu rezo pela salvação do mundo e anuncio o Evangelho?’ Esta é a Igreja apostólica”, disse.
O primeiro aspecto que faz da Igreja apostólica, segundo explicou o Papa, é o seu ser fundada na pregação e oração dos apóstolos, sobre esta autoridade que foi dada a eles pelo próprio Cristo. “A nossa fé, a Igreja que Cristo quis, não se baseia em uma ideia, em uma filosofia: baseia-se no próprio Cristo”.
Ele acrescentou o que diz o Catecismo da Igreja Católica sobre a “apostolicidade” da Igreja, que é justamente a transmissão, com a ajuda do Espírito Santo, do ensinamento, das palavras salutares ouvidas dos Apóstolos. O Papa recordou ainda que a Igreja conserva ao longo dos séculos a Sagrada Escritura, a doutrina, os Sacramentos, o ministério dos Pastores, de forma a ser fiéis a Cristo e participar da sua vida.
Um último aspecto destacado pelo Papa e que explica a apostolicidade da Igreja é o seu ser enviada a levar o Evangelho a todo o mundo. Nesse ponto, o Papa destacou a missionariedade, uma vez que Jesus convida todos a continuarem nessa missão.
“Uma Igreja que se fecha em si mesma e no passado ou uma Igreja que somente olha para as pequenas regras de hábitos, de atitudes é uma Igreja que trai a própria identidade. Então, redescubramos hoje toda a beleza e a responsabilidade de ser Igreja apostólica”.