Rede Eclesial Pan-Amazônica, junto a outros órgãos da Igreja, estará na capital norte-americana para falar dos direitos humanos das populações que vivem na região
Da Redação, com Rádio Vaticano
A Igreja Católica vai expor à Comissão Interamericana de Direitos Humanos a sua visão sobre os efeitos das indústrias extrativas nos direitos humanos na América Latina. A audiência pública está marcada para quinta-feira, 19, em Washington, Estados Unidos.
Participarão do encontro o Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), o Secretariado Latino-americano e do Caribe da Caritas (SELACC), a Confederação Latino-americana e caribenha de Religiosos e Religiosas (CLAR) e a Comissão da CNBB para a Amazônia. Eles vão apresentar a posição da Igreja diante da vulnerabilidade dos direitos humanos de populações indígenas e campesinas afetadas pelas indústrias extrativas na América Latina. Serão também expostos casos emblemáticos no Brasil, Equador, Honduras, México e Peru, e formuladas recomendações aos Estados e às sociedades civis do continente.
O relatório a ser entregue aponta que muitos Estados da região permanecem indiferentes às violações. A criminalização de defensores de direitos humanos e os graves efeitos na saúde, na integridade e na vida, especialmente de comunidades indígenas e campesinas, são comuns.
O documento destaca ainda a necessidade de adotar um modelo de desenvolvimento na América Latina que seja sustentável, em equilíbrio com o desenvolvimento econômico, os direitos humanos e o meio ambiente.
Além de Dom Pedro Barreto, S.J., arcebispo de Huancayo (Peru) e Presidente do Departamento de Justiça e Solidariedade do CELAM, e de representantes das outras instituições da delegação, Dom Roque Paloschi, bispo de Roraima e membro da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB, estará presente na audiência.