Cardeal Pietro Parolin afirma neutralidade da Santa Sé na composição da organização e ressalta necessidade de reformas
Da Redação, com Rádio Vaticano

Cardeal Parolin reafirma neutralidade da Santa Sé e o papel de observador permanente / Foto: Arquivo – Rádio Vaticano
O Secretário de Estado da Santa Sé, Cardeal Pietro Parolin, considera necessária uma reforma da ONU, “para que seja uma organização forte, porém democrática, que não concentre seu poder nas mãos de poucos países”. A afirmação foi feita ao Jornal L’Osservatore Romano, por ocasião da publicação do livro “O Papa da paz. A herança dos Santos Roncalli e Wojtyla para o Papa Francisco”, de Nina Fabrizio e Fausto Gasparrone.
Segundo o Cardeal, as Nações Unidas necessitariam de uma reforma, solicitada por muitas partes, mas que não é fácil obter. “O mundo mudou muito desde que a organização foi criada no final da II Guerra Mundial”, declarou.
Parolin destaca que não é fácil outorgar à ONU um poder efetivo para que consiga manter a paz, sua missão fundamental, sem que este poder esteja somente nas mãos de alguns países. “Uma ONU forte, porém democrática, seria uma bênção para todos. É um organismo benemérito e, apesar de suas limitações, é melhor que exista do que não exista”, reforça o cardeal.
Sobre a participação da Santa Sé nas Nações Unidas , o secretário explica que ser “observador permanente” e não membro da organização ajuda a manter a neutralidade. A Igreja não está presente para defender seus próprios direitos nem para invocar privilégios para si mesma, mas para defender os direitos de cada homem e de cada mulher, especialmente se são violados”, conclui Parolin.