Colaboração

A pedido de Francisco, Bento XVI comenta entrevista à revista jesuíta

Após conceder entrevista à revista “Civiltà Cattolica”, Francisco pediu a Bento XVI que fizesse suas considerações

Da redação, com ACI Digital

A pedido de Francisco, Bento XVI comenta entrevista à revista jesuíta

Bento XVI e Francisco mantém uma relação próxima de respeito e amizade (Foto: Arquivo)

O prefeito da Casa Pontifícia, o Arcebispo Georg Ganswein, informou que o Papa emérito Bento XVI enviou ao Papa Francisco quatro páginas de comentários depois de ler a entrevista que o Pontífice argentino concedeu à revista dos jesuítas “Civiltà Cattolica” em setembro de 2013.

Em uma entrevista ao canal de televisão alemão ZDF recolhida pela agência italiana Korazym, Dom Ganswein, que é também secretário de Bento XVI, explicou que o Bispo Emérito de Roma não o fez por iniciativa própria, mas a pedido do Papa Francisco.

Na entrevista, concedida ao jornal alemão por ocasião do primeiro ano do pontificado do Papa Francisco, Dom Ganswein disse que “quando o padre Spadaro (diretor de Civiltá Cattolica) entregou o primeiro exemplar desta entrevista, Francisco me deu isso e me pediu que a levasse a Bento”.

“Olha, a primeira página depois do índice está vazia. Aqui o Papa (Bento XVI) deve escrever todas as críticas que lhe venham à mente, e depois você me devolve”, disse-lhe o Santo Padre Francisco.

“Assim, fui ver o Papa Bento e disse-lhe que o Papa Francisco lhe pedia que escrevesse aí todos seus pensamentos, críticas ou sugestões depois de ler a entrevista, e depois eu informaria ao Papa (Francisco)”. Três dias mais tarde, segundo o relato, “deu-me quatro páginas –é obvio, não escritas à mão, mas que ele havia ditado à irmã Brigit– em uma carta”.

“Ele (Joseph Ratzinger) fez a sua tarefa. Leu-a e respondeu o pedido de seu sucessor fazendo algumas reflexões e também algumas observações sobre determinadas afirmações ou questões, que considerava que talvez poderiam ser desenvolvidas depois em outra ocasião. Naturalmente não digo os temas aos quais se refere”, concluiu o Arcebispo Ganswein.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

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